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A cereja do bolo

Os tratamentos estéticos devem sempre encarados como algo complementar à atividade física e alimentação saudável, jamais o principal para emagrecer

Por Eduardo Rauen
Atualizado em 6 mar 2020, 15h35 - Publicado em 6 mar 2020, 15h18

Os tratamentos estéticos estão cada vez mais avançados e modernos. Muitos visam a eliminação de gordura localizada, assim como a melhora da flacidez e da celulite. Porém, importante sempre ter em mente que, quando falamos de eliminação de gordura localizada, estamos nos referindo somente à gordura subcutânea e não à gordura visceral, aquela que, em excesso, envolve os órgãos e são extremamente maléficas à saúde.

Sabendo disso, qual seria a relação entre os tratamentos estéticos e o emagrecimento?

Em primeiro lugar, devemos ter consciência que os tratamentos estéticos não são métodos de emagrecimento, como o próprio nome já diz. Quando emagrecemos, perdemos gordura. Essa é a definição.

Porém, quando baixamos o peso, não significa necessariamente que emagrecemos pois podemos, nesse processo, perder massa muscular, água e talvez alguma gordura.

Os tratamentos estéticos visam uma melhora do contorno corporal e o aspecto da textura da pele. O que é bem diferente. Eles são sim coadjuvantes no tratamento principal que é uma alimentação adequada aliada aos exercícios físicos.

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Além de coadjuvantes, eles são importantes para a reeducação emocional, melhora da autoestima e imagem.

Algumas tecnologias, as quais são realizadas através de aparelhos, conseguem eliminar, de forma eficaz, gordura localizada através de uma técnica chamada de criolipólise. O termo criolipólise significa, a destruição da célula da gordura através do frio. Ou seja, um equipamento mantém uma temperatura negativa por um tempo X, em uma determinada região e causa um processo inflamatório capaz de, gradualmente, promover a eliminação das células de gordura. Essas células sofrerão morte celular programada, mais conhecida como apoptose celular. Após isso, essas células serão eliminadas naturalmente pelo organismo, causando uma nítida diminuição do acúmulo de gordura na região tratada.

Para a questão da flacidez, a radiofrequência combinada a outras tecnologias pode ser um grande aliado no aumento da produção do colágeno. Fisiologicamente, o envelhecimento está associado à perda de tecido fibroso, à taxa mais lenta de renovação celular e à redução da rede vascular e glandular. A função de barreira que mantém a hidratação celular também fica prejudicada.

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, “dependendo da genética e do estilo de vida, as funções fisiológicas normais da pele podem diminuir em 50% até a meia idade. Como a pele é o órgão que mais reflete os efeitos da passagem do tempo, sua saúde e sua aparência estão diretamente relacionadas aos hábitos alimentares e ao estilo de vida escolhido. A radiação ultravioleta, o excesso de consumo de álcool, o abuso de tabaco e a poluição ambiental, entre outros, são fatores que “aceleram” o trabalho do relógio biológico provocando o envelhecimento precoce. Além disso, o aumento do peso corporal e dos níveis de açúcar no sangue também colabora para a pele envelhecer antes do tempo”.

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O processo de emagrecimento vem acompanhado da diminuição do volume da gordura que ocupava o preenchimento da região. E isso, esteticamente, causa incômodo em muita gente.

Os tratamentos estéticos que visam a melhora da pele, principalmente flacidez, devem ser utilizados paralelamente ao processo de emagrecimento para que a pele possa retrair de maneira conjunta, minimizando os efeitos da flacidez.

Para combater a celulite, a maior reclamação das mulheres, pode ser utilizada também a radiofrequência, o infravermelho, assim como as ondas acústicas ou ondas de choque.

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Dependendo do tipo de pele, com maior ou menor flacidez, o vácuo juntamente com as tecnologias citadas acima, pode ajudar na melhora do aspecto da pele.

Os tratamentos estéticos devem sempre, reitero, ser encarados como algo complementar à atividade física e alimentação saudável.

É a “cereja do bolo”.

Quando assim definimos, estamos querendo dizer que é o processo final de um trabalho que deve ser contínuo, ou seja, manter exercícios físicos, alimentação adequada em conjunto com as tecnologias para a melhora do aspecto da pele assim como, sua oxigenação, composição, com o aumento do colágeno, e diminuição das gorduras localizadas.

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A questão estética muitas vezes é encarada como algo supérfluo, mas quando lidamos frente a frente com o paciente, vemos uma melhora significativa da autoestima, do cuidado com a saúde, do prazer em estar bem fisicamente.

Não podemos deixar de lado a questão emocional pois isso é um fator preponderante para saúde como um todo. Uma pessoa feliz consegue produzir mais e melhor. Consegue encarar os problemas de maneira mais leve. Consegue dormir melhor.

Enfrenta situações do dia a dia de forma a minimizar os efeitos que podem ser decorrentes de situações estressantes.

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Enfim, o tratamento estético deve ser nosso aliado visando sempre o bem-estar global do paciente. E quando falamos em estética, não estamos buscando o corpo dos sonhos, ou um corpo definido, musculoso, milagroso. O que pretendemos é buscar a motivação para uma melhora na confiança para pensar e enfrentar os desafios da vida. É ter a capacidade de enxergar a beleza e as qualidades do indivíduo sem expor seus defeitos, não sendo algo padronizado e sim, algo que se forma de maneira individual.

Eduardo Rauen
(VEJA/VEJA)

 

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