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Informação e análise
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Temer mostrou o limite da influência do Centrão com Bolsonaro

Temer demonstrou como na política as aparências enganam: com todo o poder acumulado, o Centrão ficou impotente diante da crise inflada por Bolsonaro

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 set 2021, 11h59 - Publicado em 10 set 2021, 08h00

Quando perguntam como é ser ex-presidente, Michel Temer responde rindo: “É muito bom. Já não podem dizer ‘Fora Temer’, porque estou fora.”

Em 13 dias ele vai celebrar 81 anos de idade, e mais de meio século de uma biografia política construída na arte do convencimento pela suavidade da conversa.

Temer, com sutileza, acaba de realizar uma proeza. Ao auxiliar Jair Bolsonaro a tatear uma saída no confronto aberto com o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral, demarcou no piso do Palácio do Planalto o limite da influência dos principais líderes do Centrão, o deputado Arthur Lira, presidente da Câmara, e o senador (licenciado) Ciro Nogueira, chefe da Casa Civil.

O episódio da carta de rendição de Bolsonaro é notável em vários aspectos. Entre eles, o realce da ineficiência de Lira e Nogueira, chefes do Partido Progressistas, locomotiva do Centrão, em convencer Bolsonaro a mudar de rumo para salvar o governo e o mandato — sob risco iminente de perda ou de inelegibilidade.

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Temer partilha com o ex-presidente José Sarney a liderança do MDB, um partido de base regional, que funciona como uma confederação de grupos de influência estadual e cujo hábito é o da união nas crises.

Mesmo com toda experiência acumulada, nem Temer nem Sarney são capazes de prever o desfecho de uma crise protagonizada por Bolsonaro, que tem na imprevisibilidade sua característica mais perceptível.

Mas, ontem, Temer demonstrou como na política as aparências enganam: com todo o poder acumulado, o Centrão ficou impotente diante da crise inflada por Bolsonaro que ameaçava a sobrevivência dele no mandato presidencial e do governo do qual se tornaram sócios.

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