Oposição renova protestos nas ruas, ainda sem apresentar propostas
Sucessão de manifestações expõe oposicionistas à cobrança de propostas para a saída da crise que inferniza a vida de 212 milhões de brasileiros
Estão previstas para hoje novos protestos contra o governo em 305 cidades.
No cardápio temático estão a pandemia, a saúde, a fome, o desemprego e a inflação sob os codinomes de “carestia” ou “Bolsocaro”.
Nove partidos patrocinam, PT à frente, com as respectivas centrais sindicais.
É notável o empenho dos petistas no Rio, em São Paulo e em Brasília para evitar o fiasco da manifestação anterior, organizado por partidos e movimentos de centro-direita e rejeitada pelo PT.
Permeia a ideia de uma demonstração de força de quem na oposição tem o “controle” das ruas. Naturalmente, isso mais dispersa do que une e, talvez, explique a anunciada ausência de expoentes de outros partidos, como João Doria e Eduardo Leite (PSDB), Rodrigo Pacheco e Luiz Henrique Mandetta (DEM).
De toda forma, protestos são legítimos e gritos de “Fora Bolsonaro!” nas ruas fazem parte da mobilização para a campanha eleitoral de 2022.
Em contrapartida, a sucessão de manifestações expõe oposicionistas à cobrança de propostas para a saída da crise que inferniza a vida de 212 milhões de brasileiros.
Ainda não se conhecem planos da oposição de esquerda, do centro ou da direita sobre como o país pode driblar os efeitos do desastre da pandemia, a fome, o desemprego e a inflação — a “carestia” ou o “Bolsocaro”. Que o governo não tem projeto é notícia velha.