Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

José Casado Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por José Casado
Informação e análise
Continua após publicidade

O silêncio do chanceler sobre o ataque ao consulado da China

Na gestão de Carlos França, Itamaraty fica loquaz sobre atentados em Cabul e silencioso sobre ataque contra missão diplomática em território brasileiro

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 set 2021, 08h00

Amanhã no Youtube, às 11 horas, o Ballet Paraisópolis e a Academia de Dança de Beijing celebram o 72º aniversário da República Popular da China.

É iniciativa da diplomacia chinesa, que há uma semana observa o silêncio do governo Jair Bolsonaro sobre o atentado a bomba contra o consulado no Rio.

O ataque aconteceu na noite de quinta-feira da semana passada. Um homem ainda não identificado usou uma bomba caseira contra a sede da representação chinesa.

A investigação da polícia carioca, acompanhada por serviços de segurança da China, Estados Unidos e outros países, indica crime motivado por xenofobia — mais precisamente, sinofobia.

.
(Reprodução/VEJA)

Nenhum país está livre de ações terroristas, por conspiração com cooperação doméstica ou executada por “lobos solitários”. A polícia tem chance razoável de desvendar o mistério carioca.

Inexplicável, por absurda, é a ausência de qualquer manifestação pública do Ministério das Relações Exteriores.

Na gestão do chanceler Carlos França, o Itamaraty se mostra loquaz sobre atentados do Estado Islâmico em Cabul, no Afeganistão, e silencioso sobre ataque a bomba contra uma missão diplomática em território brasileiro.

A sede do consulado chinês em Botafogo, no Rio, está 12 mil quilômetros mais próxima de Brasília do que a cidade de Amir e Hassan, personagens do mundo de ambiguidades moldado por Khaled Hosseini (O Caçador de Pipas), onde desde o mês passado o Talibã interpreta a sharia no idioma dos fuzis e canhões.

Continua após a publicidade

Em abril, França telefonou a Wang Yi, chanceler chinês, para pedir ajuda na liberação de uma carga da Sinopharm (30 milhões de doses) e no fornecimento de insumos para produção do imunizante da AstraZeneca (6O milhões) na Fiocruz, a 18 quilômetros do consulado chinês. Yi foi ativo na cooperação, atestou França em audiência no Congresso.

A China investiu US$ 66 bilhões no Brasil na última década, em infraestrutura de eletricidade (48%), petróleo (28%) e mineração (7%). É o principal cliente nas exportações de 13 Estados e segundo maior comprador nos demais.

O silêncio de Brasília sobre o ataque ao consulado chinês é eloquente sobre a dissolução do Itamaraty de França no tumulto do governo Bolsonaro.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.