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Informação e análise
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“O MDB está dizendo: ‘Basta!’”, avisa Michel Temer

Partido propõe "romper a falsa polarização entre uma extrema-direita populista e uma esquerda irresponsável com as contas públicas" nas eleições de 2022

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 26 ago 2021, 08h30

“O MDB está dizendo claramente: ‘Basta!’” — avisa o ex-presidente Michel Temer. Ontem, em Brasília, ele apresentou para apresentar uma síntese das ideias para discussão com diferentes partidos sobre uma aliança para as eleições de 2022.

É o terceiro “basta!” do MDB nas últimas três décadas: “O primeiro foi na fase da redemocratização, e nos levou à Constituinte” — lembra. “Outro foi em 2015, na crise de credibilidade do governo, com o programa ‘Ponte para o Futuro’. Agora, estamos dizendo, novamente, depois de discussões internas para propor aos demais partidos uma posição de unidade na construção de uma terceira via.”

Um curioso lhe pergunta como é ser ex-presidente, ele sorri: “Já não podem dizer ‘Fora Temer’, estou fora.” Às vésperas dos 81 anos, Michel Temer exala entusiasmo com a luta política, no tom peculiar do convencimento pela arte da conversa.

Ontem, por exemplo, num almoço com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, percebeu preocupação com as consequências da radicalização nos atos previstos para 7 de setembro. Com a experiência de quem dirigiu a Segurança Pública em São Paulo, no início dos anos 90, retribuiu com sugestões de organização da defesa do patrimônio público, especialmente as sedes do Congresso e do Supremo Tribunal Federal, e de zelo extremado com a disciplina na Polícia Militar. Provavelmente, repetirá a receita nos encontros marcados com outros governadores, nesta semana.

Como o ex-presidente José Sarney, Temer é líder de um partido de base regional. Há 42 anos o MDB funciona como uma confederação de grupos de influência estadual que se unem nas crises. O documento produzido em seis meses de debates, permite o vislumbre das posições comuns sobre o período Jair Bolsonaro e a busca de convergência com outros nas eleições gerais do próximo ano.

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“Nossa concepção, em linhas gerais, consiste em romper a falsa polarização entre uma extrema-direita populista e uma esquerda irresponsável com as contas públicas” — diz o texto. “Ela consiste em abandonar a concepção política baseada no “nós contra eles”, consciente de que a experiência histórica já mostrou onde isso leva: a destruição do Estado Democrático de Direito.”

Acrescenta: “Vejam, ao nosso redor, o que acontece [na Venezuela] com a experiência chavista, “modelo” tanto da extrema-direita quanto da esquerda radicalizada; vejam o nosso destino se não soubermos dizer ‘basta!’ A nossa concepção consiste em articular o diálogo social e político, procurando fazer com que os Poderes falem entre si. Ela consiste em enfrentar a grave desigualdade social de nosso país, oferecendo educação de qualidade
para todos, independentemente de condição social, gênero, raça ou religião. Ela consiste em erradicar a pandemia no País, cujo tratamento irresponsável só gera doença, morte, fome e desemprego.”

O MDB de Temer e Sarney está em campo disposto a negociar alternativas. Faltam 14 meses para a eleição. Em política, é sinônimo de eternidade.

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