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Informação e análise
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Latinos já representam 18% da população dos Estados Unidos

Pela primeira vez em 231 anos de recenseamento, população branca diminuiu. Quase todo o crescimento demográfico americano ocorreu em comunidades não brancas

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 ago 2021, 14h33 - Publicado em 15 ago 2021, 10h00

Saíram os primeiros resultados do Censo 2020 nos Estados Unidos. Um dos resultados mais relevantes é que a população de origem hispânica ou latina foi responsável por metade do crescimento demográfico americano nos últimos dez anos.

Somam 62,1 milhões e já representam 18,7% da população. Houve um aumento de 16,3% nesse segmento populacional.

Desde o Censo 2010, quase todo o crescimento demográfico americano ocorreu em comunidades não brancas (clique aqui para ter acesso aos resultados).

Pela primeira vez em 231 anos de recenseamento, a população branca diminuiu. Continua a ser maioria (57,8%), mas é um contingente menor (8,6%) que o apurado no Censo de 2010. No total, foram 204,3 milhões de pessoas que no ano passado se identificavam como brancas.

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A comunidade asiática cresceu significativamente (35%). A proporção de negros ou afro-americanos aumentou, mas bem menos (5,6%).

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(Censo 2020/EUA, agosto 2021/VEJA)

Uma década atrás, 25% da população americana não branca tinha mais de 18 anos. Agora, são 36%. Em 2010, jovens não brancos — com menos de 18 anos — compunham 35% dos habitantes. Agora representam quase metade (47%).

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O novo mapa demográfico dos EUA vai impor uma dança das cadeiras no Congresso. A Câmara, atualmente, está sob controle do Partido Democrata por uma pequena diferença, 220 votos contra 212 do Partido Republicano. Houve um fortalecimento das grandes cidades e subúrbios, e, em contrapartida, ocorreu um declínio populacional e mais da metade (52%) das áreas rurais. Em tese, isso pode favorecer os democratas na eleição legislativa de novembro do próximo ano.

No Brasil, censo está atrasado. Não se sabe o que mudou no mapa populacional desde 2010. O governo não deu o dinheiro necessário ao IBGE para atualizar o censo. Estavam previstos R$ 2 bilhões, mas os recursos foram deslocados para o financiamento de emendas parlamentares num orçamento paralelo, controlado pelos líderes do Centrão. Essa conta orçamentária tem total estimado em R$ 19 bilhões. O Supremo Tribunal Federal mandou o governo realizar o censo decenal até meados do próximo ano.

Manobras políticas mantêm há 28 anos uma representação parlamentar congelada, totalmente desequilibrada em relação à população. O plenário da Câmara é composto por 513 deputados, mas na distribuição das bancadas por estados retrata o mapa populacional brasileiro de 1993, sem considerar as mudanças demográficas em quase três décadas. O Supremo vai julgar uma ação do Pará que muda o tamanho das bancadas de treze Estados na Câmara, com reflexos nas respectivas assembleias legislativas. Pode valer para as eleições do próximo ano.

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