‘Custo Bolsonaro’ já corrói os balanços das empresas
Ficou ruim para os negócios no varejo. A dissolução da renda tem impacto significativo, resultado da inflação persistente, disseminada e em dois dígitos
O “Custo Bolsonaro” sobe rápido e já começa a corroer os balanços das empresas.
Ficou ruim para os negócios, especialmente no varejo que já sentia o peso da competição com o comércio eletrônico.
Para os empresários, sobram problemas. As vendas caem, os custos sobem, sobretudo o de energia, cuja oferta estável nos próximos três meses permanece duvidosa.
A dissolução da renda familiar tem impacto significativo, resultado do avanço persistente de uma inflação que está disseminada e alcançou dois dígitos.
Para o Bank of America, em relatório divulgado ontem, a expectativa é de que, no varejo, “todos sofram” no último trimestre.
Ficou difícil até para especulação no mercado de capitais. Grandes redes de varejo perderam 20% nos preços das ações, na média, entre janeiro e setembro. Há casos como o do grupo Via, controlador das Casas Bahia, com declínio de 47% no valor das ações no ano, quase metade disso neste mês.
O horizonte econômico para o ano eleitoral de 2022 está ficando nebuloso a cada dia — para os eleitores e, também, para o governo.