Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

José Casado Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por José Casado
Informação e análise
Continua após publicidade

Bolsonaro ameaça empresas por causa da CPI

Ao insinuar retaliação à Zona Franca por causa de senadores do Amazonas na CPI, Bolsonaro semeou insegurança entre empresas com vendas de US$ 20 bilhões

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 Maio 2021, 09h20

Jair Bolsonaro se atropelou ao insinuar ameaças à Zona Franca de Manaus em retaliação aos senadores do Amazonas Omar Aziz (PSD) e Eduardo Braga (MDB), integrantes da CPI da Pandemia.

“Imagine Manaus sem a Zona Franca” — ele disse em redes sociais. “Hein, senador Aziz, você que fala tanto na CPI… Senador Eduardo Braga, imagine aí o Estado, ou Manaus, sem a Zona Franca.”

Chefe de um governo que se anuncia liberal e precisa desesperadamente de investimentos privados, Bolsonaro semeou insegurança no horizonte de um conjunto de empresas cujo faturamento anual soma US$ 20 bilhões (cerca de 108 bilhões). Dele depende a subsistência de 100 mil trabalhadores, formais e informais, no Amazonas.

A Zona Franca de Manaus existe há meio século, foi dinamizada na ditadura militar e suas virtudes e defeitos frequentam um antigo debate sobre o nível de eficiência dos subsídios estatais.

É a primeira vez que um presidente insinua publicamente o uso do poder governamental para atrapalhar a vida das empresas estabelecidas em Manaus numa vingança política contra adversários no Congresso.

Continua após a publicidade

Na teoria, Bolsonaro pode muito na provocação de estorvos burocráticos na vida empresarial — da papelada fiscal ao controle aduaneiro. Na vida real, pode muito pouco porque a Zona Franca está protegida na Constituição e consolidada sobre um arsenal legislativo.

O dano já provocado supera o significado do caudal de palavras a esmo. Executivos de indústrias de Manaus passaram o fim de semana recebendo instruções para moderar o ritmo de planejamento de investimentos.

É natural que protejam o dinheiro dos acionistas — na maioria de São Paulo — num cenário local de riscos pandêmicos, econômicos e políticos potencializados pelo protagonista da crise, o presidente da República.

Ao ameaçar retaliar as empresas, Bolsonaro se expôs no temor e na fragilidade diante do avanço das investigações sobre a gênese do descontrole governamental na pandemia. E a CPI ainda nem completou um mês de atividade.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.