“O que seria destinado por critérios técnicos passa a obedecer interesses políticos paroquiais. E sem transparência, pois apenas [os ministérios] sabem quem indicou o que para onde. É um mensalão disfarçado de emendas parlamentares”
(Gil Castelo Branco, economista, coordenador da ONG Contas Abertas, especializada em finanças públicas, sobre os artifícios financeiros do governo Jair Bolsonaro para aumentar sua base no Congresso, que resultaram num orçamento paralelo estimado em R$ 3 bilhões, operado via emendas parlamentares e com escassa transparência)
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“As disputas da política com “p” minúsculo em torno da eleição das presidências [da Câmara e do Senado] culminaram no espetáculo vergonhoso de apropriação de quinhões do Orçamento, com o estímulo do Palácio do Planalto”
(Delfim neto, ex-ministro da Agricultura, da Fazenda e do Planejamento)
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“Como estamos no reino do voluntarismo fiscal de curto prazo eleitoral, a transparência está, sim, menor. O trato orçamentário no Brasil está menos republicano”
(Élida Graziane Pinto, procuradora do Ministério Público de Contas do Estado de São Paulo)
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“O festival de emendas do aluguel do Centrão é um crime gigantesco que precisa ser apurado e punido”
(Ciro Gomes, candidato do PDT à presidência da República)