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Jorge Pontes foi delegado da Polícia Federal e é formado pela FBI National Academy. Foi membro eleito do Comitê Executivo da Interpol em Lyon, França, e é co-autor do livro Crime.Gov - Quando Corrupção e Governo se Misturam.
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Salve a delegada Federal Denisse Ribeiro!

A partir da argumentação e da inteligência da profissional, Alexandre de Moraes decretou a prisão do presidente do PTB e ex-mensaleiro Roberto Jefferson

Por Jorge Pontes
Atualizado em 23 ago 2021, 20h31 - Publicado em 23 ago 2021, 20h26

Estamos assistindo boquiabertos – nesses últimos meses – sucessivas tentativas de verdadeiros sequestros de algumas importantes instituições do Estado brasileiro.

Há poucos dias, quase três dezenas de membros do Ministério Público Federal (subprocuradores-gerais da República) cobraram formalmente a atuação de seu letárgico chefe, o Procurador Geral Augusto Aras, que aparentemente vem engavetando – ou se omitindo despudoradamente – em todo e qualquer expediente que possa atingir o presidente Jair Bolsonaro.

Há alguns atores – em posições de comando – que, ao se perfilarem sistematicamente com o presidente, podem estar conduzindo suas instituições a um inequívoco point of no return.

Alguns atuam como se não houvesse amanhã, aparentemente inebriados pela efeméride do poder.

Mais à frente, com o abismo de Bolsonaro, a conta certamente virá, e poderá ser cobrada não apenas dos chefes – hoje vivendo no cativeiro bolsonarista – mas também de toda a corporação.

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Nesse contexto, merece especial destaque a atuação redentora da delegada de Polícia Federal Denisse Ribeiro, que, no último dia 13 de agosto, representou perante o Supremo Tribunal Federal pela prisão preventiva do ex-deputado federal Roberto Jefferson, no curso do inquérito que investiga a ação das milícias digitais, continuidade do expediente que apurava atos antidemocráticos. A partir da argumentação e da inteligência da DPF Denisse, o ministro Alexandre de Moraes decretou a prisão do atual presidente do PTB e ex-mensaleiro Roberto Jefferson.

A doutora Denisse, com técnica e desassombro, lavou literalmente a alma da Polícia Federal. A atividade de polícia judiciária, levada a cabo pela delegada – quando na condução do inquérito – caracteriza-se justamente pela busca inarredável da verdade real, trilha da qual nenhum policial federal pode se afastar.

Que a atuação firme da delegada Denisse Ribeiro sirva de inspiração para todos os servidores públicos – civis e militares – do Estado brasileiro.

O melhor abrigo para as instituições e seus integrantes, nesses tempos bicudos, é atuar invariavelmente dentro das balizas da Lei. Sempre bom lembrar que há inúmeros crimes comissivos por omissão, e que amanhã vai ser outro dia.

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