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Jorge Pontes foi delegado da Polícia Federal e é formado pela FBI National Academy. Foi membro eleito do Comitê Executivo da Interpol em Lyon, França, e é co-autor do livro Crime.Gov - Quando Corrupção e Governo se Misturam.
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O inquérito das fake news avança e preocupa

Augusto Aras ensaiou colocar a imprensa tradicional no mesmo balaio dos blogs e das redes sociais

Por Jorge Pontes
Atualizado em 11 jun 2020, 17h12 - Publicado em 11 jun 2020, 17h07

O Ministro Edson Fachin, relator do processo iniciado pela Rede relativo ao inquérito das fake news, proferiu ontem um importante voto pela manutenção e continuidade da apuração.

As investigações foram iniciadas pelo próprio STF, e estão sendo levadas a efeito pela Polícia Federal, sob a presidência do ministro Alexandre de Moraes.

Em que pesem a atipicidade e a excepcionalidade que permearam o surgimento do inquérito, como inclusive afirmado por Fachin em seu voto, o aprofundamento da difusão de fake news consiste numa frontal ameaça à democracia que justifica sua instauração e prosseguimento.

Com seu primeiro grande pico observado nas eleições de 2014, as fake news promovem campanhas de desinformação, difamação e ódio, que se viram contra a verdade e, sobretudo, contra o próprio processo democrático.

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Depois dos últimos anos alucinantes do poder das redes, difuso, caótico e acessível a todos, um dos seus piores efeitos colaterais, as fake news, acabou iniciando um resgate das velhas e boas coberturas jornalísticas profissionais.

A propósito, como bem disse o ministro Luis Roberto Barroso, em recente seminário promovido pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no contexto da atuação da imprensa durante a pandemia, “está sendo promovido um importante revival da imprensa de qualidade.”

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A sociedade, aos poucos, percebe o abismo das fake news e há de buscar fontes mais confiáveis de informação.

Na contramão dessa percepção, o Procurador Geral da República, Augusto Aras, em manifestação ocorrida durante o julgamento da ação, ensaiou colocar a imprensa tradicional no mesmo balaio dos blogs e das redes sociais, como responsáveis pela produção de fake news, aparentemente buscando, de forma indisfarçada, equilibrar as forças antagônicas envolvidas nos bastidores do processo.

Ao fim e ao cabo, a Polícia Federal seguirá investigando as milícias digitais, na busca inarredável pela verdade real que envolve os gravíssimos fatos denunciados, no encalço da materialidade e da autoria da produção de fake news, dos seus idealizadores e patrocinadores, sejam lá esses quem forem.

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