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Jorge Pontes foi delegado da Polícia Federal e é formado pela FBI National Academy. Foi membro eleito do Comitê Executivo da Interpol em Lyon, França, e é co-autor do livro Crime.Gov - Quando Corrupção e Governo se Misturam.
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A desonestidade intelectual e a infâmia rondam o Planalto

Por detrás das milhares de críticas veiculadas nas redes sociais, atacando a PL das fake news, não havia nenhuma que guardasse motivação de viés libertário

Por Jorge Pontes
Atualizado em 19 mar 2021, 00h31 - Publicado em 9 jul 2020, 21h57

Enfim, ficou meridianamente esclarecido porque o planeta bolsonarista levantou-se em peso contra o projeto de lei – PL 2630/2020, conhecido como “PL das fake news”.

Por detrás das milhares de críticas veiculadas nas redes sociais, atacando a iniciativa – que de fato merece ser discutida – não havia nenhuma que guardasse motivação de viés libertário, em defesa da livre manifestação ou coisa que o valha.

O que está em jogo, para esses detratores profissionais, é a defesa de sua matéria prima vital: as fake news e as desonestidades intelectuais.

Sem a mentira, as narrativas dessas milícias digitais desvanecem e perdem a força, uma vez que seu maior adversário é a verdade.

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Pois bem, nesta última quarta-feira, dia 8 de julho, o Facebook anunciou a desarticulação de uma rede de 73 contas, 14 páginas e, consequentemente, de um grupo de pessoas que atuava nas redes sociais, sob a acusação de estarem ligados a contas falsas.

Foram derrubadas, nada mais nada menos do que 35 perfis no Facebook e 38 contas no Instagram. As duas redes sociais proporcionavam enorme alcance às publicações, que chegavam a atingir 1,8 milhão de seguidores, sendo que 883 mil no Facebook e 917 mil no Instagram.

Segundo levantamentos do Laboratório Forense Digital Atlantic Council, que presta serviço para o Facebook, por detrás dessa usina de mentiras e difamação, estaria o cidadão Tércio Arnaud Tomaz, que é assessor especial do presidente Jair Bolsonaro. Tércio, segundo a perícia, também seria o administrador da página *Bolsonaro Newsss*.

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Além de Tércio, foram assinalados – como ligados ao grupo – cinco assessores de parlamentares bolsonaristas, entre eles um vinculado ao deputado federal Eduardo Bolsonaro.

A turma alvejada pela administração do Facebook apresentava o que se convencionou chamar de “comportamento inautêntico coordenado”, isto é, o impulsionamento artificial de mentiras e desinformação nas redes sociais.

O mais grave nessa notícia é que essas pessoas estariam, em tese, recebendo remuneração custeada pelo contribuinte para transgredir e difundir inverdades sobre adversários do governo. Nos encontramos diante do início da institucionalização da delinquência, pela vertente da injúria, calúnia e difamação.

  • Leia também: O inimigo dentro de casa: o novo embate entre o Planalto e o Coaf
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