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Por Coluna
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Tom Holland dá o sangue como golpista drogado em Cherry, mas filme derrapa

A direção dos irmãos Russo acaba apenas patinando na superfície

Por Isabela Boscov Atualizado em 12 mar 2021, 11h25 - Publicado em 12 mar 2021, 06h00

No prólogo que abre Cherry — Inocência Perdida (Cherry, Estados Unidos, 2021), já disponível na Apple TV+, o protagonista conta ao espectador que tem 23 anos mas ainda não sabe o que, afinal, as pessoas fazem de sua vida, nem se existe alguma coisa que segure o mundo no lugar. O mundo dele, pelo menos, não tem âncora: Cherry, que tem aquele ar ansioso dos dependentes químicos graves, está a caminho de mais um assalto a banco que, pressente-se, não vai terminar bem. Daí em diante, o filme dirigido pelos irmãos Joe e Anthony Russo se ocupa de mostrar como essa história começou e se desdobrou até atingir, tão cedo, um ponto tão extremo. Adaptado de um romance com alto conteúdo autobiográfico do escritor estreante Nico Walker — que estava saindo de uma temporada de seis anos em uma prisão federal à época da publicação, em 2018 —, o filme pretende recriar, em registro de vertigem, a trajetória descendente do protagonista. Mas, por mais competente e estilosa que a direção dos Russo se mostre e por maior que seja a entrega do ótimo Tom Holland (aliás, o Homem-Aranha) ao papel do protagonista, Cherry só patina na superfície, sem nunca conseguir mergulhar de maneira convincente na tragédia de uma degradação iniciada por um repente juvenil.

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Em essência, Cherry foi parar na Guerra do Iraque como soldado paramédico por causa de um fora da namorada, Emily (Ciara Bravo), com quem afinal reatou antes de ser despachado. Na volta, profundamente traumatizado, pôs Emily tão louca que ela o acompanhou na progressão dos ansiolíticos para os opioides e deles para a heroína. Para sustentar o vício, Cherry começou a assaltar bancos (algo que aparentemente requer apenas bilhetes mostrados aos caixas). O trajeto de Cherry inclui aqueles passos inevitáveis, da morte do melhor amigo em uma explosão à overdose quase fatal de Emily e à dívida enorme a quitar com um traficante perigoso — e os Russo, tão inovadores nos dois Capitão América que dirigiram e tão hábeis no último par de Vingadores, pioram a sensação de déjà-vu ao tratar esses acontecimentos como clichês cinematográficos já tantas vezes usados e abusados. Não basta pôr de lado os filmes de super-heróis, enfim, para se desintoxicar deles. É preciso se comprometer com a reabilitação.

Publicado em VEJA de 17 de março de 2021, edição nº 2729

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