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Por Coluna
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Rosamund Pike dá show na afiada comédia ‘Eu me Importo’, da Netflix

Como uma vigarista que vive de ganhar na Justiça a tutela de idosos endinheirados, a atriz brilha na comédia de humor perverso (e irresistível)

Por Isabela Boscov Atualizado em 18 mar 2021, 22h30 - Publicado em 19 fev 2021, 06h00

Diz a médica que sua nova paciente, Jennifer Peterson (Dianne Wiest), é uma fruta madura à espera de ser colhida: veio de outra cidade, tem muito dinheiro e é sozinha e sem família. É verdade que de senil não tem nada, mas nisso se dá um jeito no relatório. Marla Grayson (Rosamund Pike) e sua sócia e amante, Fran (Eiza González), imediatamente entram em ação. Como o juiz (Isiah Whitlock Jr.) é um tonto e come da mão de Marla, ela já sai do tribunal com uma ordem de tutela que lhe dá poderes plenos sobre a pessoa e os bens da supostamente indefesa e desamparada Jennifer — que é retirada de sua casa, atônita, e enfiada sem celular e sem direito a visitas numa clínica de repouso, com cujo gerente Marla também tem um arranjo. Que satisfação: na parede em que Marla prega as fotos de todos os idosos que tem sob sua guarda, junta-se agora o retrato do “pato” mais gordo que ela e Fran jamais abateram. Exceto pelo fato de que a dupla logo vai descobrir que Jennifer tem, sim, quem a defenda — e como.

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Lançado pela Netflix, Eu Me Importo (I Care a Lot, Inglaterra, 2020) é aquele tipo de filme que depende de todos os atores estarem soberbos em seus papéis — e estão, com destaque para uma formidável Dianne Wiest —, ou seria impossível fazer frente ao espetáculo que é o desempenho de Rosamund Pike. A atriz inglesa é uma especialista em mulheres que gostam de projetar fachadas, como em Garota Exemplar (2014). Aqui, ela novamente se atira com absoluta convicção ao papel da hiperficiente, ultra-am­biciosa e completamente inescrupulosa Marla, que usa até o penteado como arma para intimidar, persuadir ou coagir e que, mesmo quando depara com o gângster interpretado por Peter Dinklage, não treme nem sequer pisca. Ao contrário, joga ainda mais fichas na mesa, com um sangue-frio que espanta o adversário e até Fran, que a conhece tão bem.

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Na direção do inglês J Blakeson, que tem estranha afinidade com histórias de pessoas tomadas à força — são dele O Desaparecimento de Alice Creed (2009) e o roteiro de Sequestrando Stella (2019) —, Eu Me Importo é uma comédia de cadências perfeitas e humor perverso. Felizmente, Blakeson resiste a psicologizar sua protagonista além de dar a ela um vago sentimento de injúria e a alma de uma apostadora. É verdade que no último dos 118 minutos ele se acovarda um tanto. Mas isso não muda o prazer dos 117 minutos anteriores, em que nada assusta mais que aquele sorriso maníaco no qual Rosamund não tem rival.

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Publicado em VEJA de 24 de fevereiro de 2021, edição nº 2726

  • Leia também: “O foco é na qualidade, não em prêmios”, diz fundador da Netflix

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