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Por Coluna
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Nerve – Um Jogo Sem Regras

Uma brincadeira virtual para alguns, e real para outros

Por Isabela Boscov Atualizado em 13 jan 2017, 18h59 - Publicado em 25 ago 2016, 17h25

Que Pokémon Go que nada: imagine um jogo em streaming em que qualquer um pode se inscrever como Observador e, em conjunto com os outros observadores, propor desafios aos Jogadores. Qualquer desafio: o Jogador pode ter de comer alguma coisa nojenta, levantar o saiote de cheerleader para mostrar que não está usando calcinha, dar uma resposta atravessada ao professor, ou submeter os passantes, na rua, aos efeitos ruins da sua refeição anterior (a idiotice dos desafios, aliás, é o que os torna críveis; eu não esperaria nada diferente de uma brincadeira como essa). O Jogador tem de filmar a cena e transmiti-la do seu próprio celular; não vale o de mais ninguém. Quem cumpre o desafio no tempo prescrito ganha dinheiro na conta bancária; quanto mais provocador o desafio e mais carismático o Jogador, mais seguidores ele vai ganhando – e maior a sua remuneração por cada aposta aceita.

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Nerve, o jogo que dá nome ao filme dos diretores Ariel Schulman e Henry Joost (a mesma dupla de Atividade Paranormal 3 e 4), está na sua edição nova-iorquina e é mania na cidade. Sydney (Emily Meade), a garota mais mal-comportada da escola, está entre os dez Jogadores mais seguidos, e não para de atormentar sua melhor amiga, a certinha e responsável Vee (Emma Roberts), dizendo que ela nunca, jamais, teria coragem de jogar Nerve. A certa altura, Vee se enche: entra no jogo, beija um desconhecido numa lanchonete e vê 100 dólares caírem na sua conta. O que falta para fisgá-la de vez? O desconhecido, Ian (Dave Franco), ser um charme e cantar uma música para ela, em público, logo depois do beijo. Ian, claro, também é um Jogador, e imediatamente os Observadores sinalizam que querem ver o casal jogando junto. Os desafios, porém, vão ficando cada vez mais bizarros, ilegais e perigosos. Vee percebe que não há como cair fora: virou prisioneira do jogo.

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Nerve é um desses filmes que querem ao mesmo tempo fazer a omelete e ficar com os ovos – e, em certa medida, consegue. Schulman e Joost são bons de build-up, aquela escalada de tensão, e deslizam com habilidade do cenário inicial (adolescentes fazem coisas estúpidas, ainda mais quando instigados por outros adolescentes) para um clima mais pesado (quando protegidas pelo anonimato e livres de consequências, as pessoas são capazes de fazer coisas terrivelmente maldosas e mesquinhas com outras pessoas). Ou seja: o filme se disfarça em crítica do bullying virtual, mas tem uma atmosfera tão pop e excitante que é praticamente um convite a que se jogue um jogo como esse.

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Outro aspecto desse verso-e-reverso: lógica e verossimilhança não são pontos fortes do roteiro (adaptado do romance homônimo que está sendo lançado aqui pela Planeta), mas a dupla de diretores tem um feeling inegável para o tema e para a geração que se identifica com ele, da trilha sonora ao figurino e a escolha do elenco. Emma Roberts tem mesmo cara de boa menina, e Dave Franco é um especialista em cafajestes de bom coração. Para mim, porém, os destaques do elenco são Kimiko Glen, de Orange Is the New Black, e Miles Heizer, de Parenthood. Ele, em especial, é excelente, e merecia mais do que o papel do melhor amigo que nunca vai virar namorado.


Trailer

NERVE – UM JOGO SEM REGRAS
(Nerve)
Estados Unidos, 2016
Direção: Ariel Schulman e Henry Joost
Com Emma Roberts, Dave Franco, Emily Meade, Miles Heizer, Kimiko Glen, Machine Gun Kelly, Juliette Lewis, Marc John Jefferies
Distribuição: Paris Filmes
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