PSDB: última chamada para o desembarque
Grupo também pressiona para que Aécio Neves seja substituído por Tasso Jereissati
Um grupo robusto de parlamentares do PSDB vai pressionar seus ministros para que deixem suas cadeiras na Esplanada tão logo seja apresentada a denúncia contra o presidente Michel Temer pela Procuradoria-Geral da República. A ala tucana pró-desembarque, que cresceu nesta segunda-feira, defende que a Executiva da sigla volte a se reunir nesta semana. Na bancada do Senado, o discurso majoritário é de que se trata da última oportunidade para o partido saltar do barco antes de um “abraço de afogados”. A entrega dos cargos ganhou adesões de deputados após o artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso publicado nesta segunda-feira no jornal Folha de S.Paulo, no qual pede que Temer encurte seu mandato. Também pesam os rumores de que a denúncia contra Temer pode ser ainda mais devastadora do que já se espera. A resistência permanece na ala paulista do partido, cuja contabilidade passa pela negociação de apoio do PMDB nas futuras candidaturas de Geraldo Alckmin e/ou de João Dória em 2018.
As conversas de tucanos sobre o fim da aliança com Temer também terminam quase invariavelmente em um tema: a urgência em apear definitivamente Aécio Neves do comando da legenda. Por enquanto, o nome de Tasso Jereissati segue como o sucessor natural.