Uma gravação divulgada em março de 2015 expôs os bastidores do Programa Mais Médicos. Os envolvidos diziam sem reserva, pois não sabiam que estavam sendo gravados, que o programa fora concebido para fazer uma transfusão de dinheiro do Brasil para ditadura castrista. Segundo os dados do Portal da Transparência, desde que foi criado, o Mais Médicos já custou aos cofres públicos mais de 7 bilhões de reais. Mais de metade desse dinheiro foi parar diretamente nos cofres cubanos. Um dos mentores intelectuais do negócio ganhou um presentão da Organização Panamericana de Saúde (Opas). Sem muito alarde, o paulista Alberto Kleiman foi contratado como diretor de Relações Internacionais da entidade, em Washington, onde vive desde 2015. O reconhecimento de Kleiman é justificado pelo sucesso financeiro da Opas depois que ele ajudou a cunhar o Mais Médicos. Pela intermediação da operação entre o Brasil e Cuba, a organização cobra 5% de pedágio – cerca de 350 milhões de reais até o momento. Uma fortuna que ajudou a tirar as contas da Opas da UTI. (por Leonardo Coutinho)