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Zumbi dos Palmares sequestrava mulheres, mas Dilma o exalta como “grande herói brasileiro”

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 31 jul 2020, 02h36 - Publicado em 20 nov 2014, 19h36

Não bastasse o meu post da véspera sobre a intimidação de Frei David aos bolsistas negros, passei o Dia da Consciência Negra em reunião sobre trabalho escravo. Da época da escravidão? Não. Do Brasil de hoje mesmo, governado pelo PT. Recebi informações mui interessantes, para além daquelas que já dei aqui e aqui. Nas próximas semanas, teremos novidades neste blog.

Enquanto eu falava mal do governo na reunião, [a equipe de] Dilma postava no Twitter:

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A presidente que fez campanha repudiando a violência contra as mulheres, enquanto dois mil militantes virtuais de seu partido espalhavam boatos infames sobre supostas agressões cometidas por Aécio Neves, trata como “grande herói brasileiro” um sequestrador de mulheres. O verdadeiro Zumbi desconhecido pelo cidadão comum “dêsti paíf”, intoxicado de propaganda esquerdista, fora revelado décadas antes da publicação do Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil (Ed. Leya), best seller de Leandro Narloch, que o resume:

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ZUMBI-DOS-PALMARES“Zumbi, o maior herói negro do Brasil, o homem em cuja data de morte se comemora em muitas cidades do país o Dia da Consciência Negra, mandava capturar escravos de fazendas vizinhas para que eles trabalhassem forçados no Quilombo dos Palmares. Também sequestrava mulheres, raras nas primeiras décadas do Brasil, e executava aqueles que quisessem fugir do quilombo.”

No livro, Narloch cita outros autores para explicar as nuances da escravidão local:

“Para obter escravos, os quilombolas faziam pequenos ataques a povoados próximos. ‘Os escravos que, por sua própria indústria e valor, conseguiam chegar aos Palmares, eram considerados livres, mas os escravos raptados ou trazidos à força das vilas vizinhas continuavam escravos’, afirma Edison Carneiro no livro O Quilombo dos Palmares, de 1947.

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No quilombo, os moradores deveriam ter mais liberdade que fora dele. Mas a escolha em viver ali deveria ser um caminho sem volta, o que lembra a máfia hoje em dia. ‘Quando alguns negros fugiam, mandava-lhes crioulos no encalço e uma vez pegados, eram mortos, de sorte que entre eles reinava o temor’, afirma o capitão João Blaer.

‘Consta mesmo que os palmaristas cobravam tributos – em mantimentos, dinheiro e armas – dos moradores das vilas e povoados. Quem não colaborasse poderia ver suas propriedades saqueadas, seus canaviais e plantações incendiados e seus escravos sequestrados’, afirma o historiador Flávio Gomes no livro Palmares.”

Não sei por que me lembrei do Frei David, que ameaça cortar a bolsa de estudantes negros se não fizerem servicinhos políticos para o PT. E também dos irmãos Castro, que ameaçam despejar as famílias dos escravos atuantes no programa “Mais Médicos” em caso de deserção. A história se repete como tragicomédia no Brasil. O preço da “inclusão social” cobrado pela esquerda e pelas figuras míticas que ela cultua é alto desde Zumbi.

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Decerto, não será Dilma a revelar ao mundo a escravidão cometida por negros. Escreve Narloch:

‘A própria palavra escravo vem de eslavos — os povos do leste europeu constantemente submetidos à vontade de germanos e bizantinos na alta Idade Média. Brancos europeus também foram escravizados por africanos. Entre 1500 e 1800, os reinos árabes do norte da África capturaram de l milhão a 1,25 milhão de escravos brancos, a maioria deles do litoral do Mediterrâneo, segundo um estudo do historiador Americano Robert Davis, autor do livro Christian Slaves, Muslim Masters (‘Cristãos Escravos, Senhores Muçulmanos’).”

O livro de Davis, aliás, está na pequena bibliografia de Olavo de Carvalho sobre o tráfico de escravos no Islam, indicada por mim no nosso best seller O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota.

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Como escreveu, também, Diogo Mainardi no artigo “Fora, Zumbi!“, de 7 de maio de 2003, em que citava a obra Genes, Povos e Línguas, do geneticista italiano Luigi Luca Cavalli-Sforza:

“O melhor jeito para acabar com o racismo no Brasil é eliminar o critério de raça. O movimento negro sempre lutou para que os negros se orgulhassem da própria cor. Eu aboliria essa ideia. Aboliria o Dia Nacional da Consciência Negra, a política de cotas, as ações afirmativas. Aboliria também o mito da miscigenação racial brasileira.

Quando se considera toda a história da humanidade, os alemães são tão miscigenados quanto nós. Raça é uma noção arcaica. Não tem base científica. A luta contra o racismo não se dá glorificando a figura de Zumbi nos livros escolares, mas ensinando que os brancos são negros e os negros são brancos.”

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Morgan FreemanComo faz o ator Morgan Freeman. Como faz o escritor Thomas Sowell. Como faz o dr. Ben Carson. Como fazem Mia Love, Tim Scott, Will Hurd. Como fazem todos os negros que se sabem capazes de vencer por conta própria e não aceitam ser explorados pela demagogia esquerdista.

Meus heróis não morreram de overdose, como os da canção do Cazuza. Nem sequestravam mulheres, como o do tuíte da Dilma.

Eles lutaram de corpo e alma pela verdade que liberta, como o abolicionista conservador Joaquim Nabuco.

Sugiro aos negros que repensem os seus.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

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