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Waldir Maranhão desiste de suspender impeachment e completa vexame do governo no Chupeta Day

Presidente interino da Câmara revoga sua própria decisão com medo de ser expulso do PP

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 30 jul 2020, 22h47 - Publicado em 10 Maio 2016, 03h25

 

Waldir Cardozo Dilma

O Chupeta Day de segunda-feira terminou ainda mais cômico.

Waldir Maranhão (PP-MA) revogou a decisão estapafúrdia que ele mesmo havia proferido para anular o processo de impeachment de Dilma Rousseff.

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Depois que o PP convocou reunião de emergência da Executiva para discutir às 10 horas de terça-feira a expulsão do deputado dos quadros do partido, e PSD e DEM ingressaram contra ele no Conselho de Ética da Casa por quebra de decoro parlamentar, o presidente interino da Câmara ficou apavorado com o risco de perder seu mandato e assinou a breve nota de cinco linhas reproduzida abaixo:

Maranhao revoga

Integrantes do governo foram à casa de Maranhão para tentar demovê-lo da ideia, mas não adiantou.

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Ele encaminhou ofício a Renan Calheiros para informar ao presidente do Senado sobre a revogação:

Maranhao comunica Renan

Renan havia decidido dar seguimento ao impeachment, recusando-se a atender um telefonema de Dilma e ignorando a primeira decisão de Maranhão que classificou como “brincadeira com a democracia”.

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Renan tinha razão. No fim da noite, o mesmo Maranhão que falara à tarde em “salvar a democracia” tentou salvar a própria pele, alegando a parlamentares que só topou participar da manobra do governo porque Cardozo lhe garantiu que Renan a bancaria.

Cardozo, obviamente, já saiu negando ter prometido qualquer coisa ao presidente interino da Câmara, mas sua tentativa de desmenti-lo só faz reforçar a tese de que tentou engambelar Maranhão, cuja inteligência política só encontra similaridade em Dilma:

“Eu e [Flávio] Dino apenas dissemos a ele que dificilmente o Senado teria como reverter a decisão da Câmara. Não houve promessa política. Houve somente uma análise de que o Senado não poderia tocar o impeachment diante da decisão”, disse o advogado-geral da União.

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Duvido que Cardozo e Dino, na ânsia de persuadir o deputado do PP a fazer o que queria o governo, tenham deixado clara no encontro de domingo à noite com Maranhão essa distinção entre uma suposta análise (que se revelou errada) e uma promessa política.

Convinha-lhes, decerto, deixar o deputado entender a análise como promessa, assim como lhes convém agora rifá-lo sem piedade.

Chupeta Day não conseguiu protelar o afastamento de Dilma marcado para quarta-feira, nem dar margem a Cardozo para recorrer mais uma vez ao STF, mas ao menos demonstrou em definitivo duas coisas óbvias:

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Maranhão não tem condições de presidir a Câmara; e o PT não tem condições de presidir o Brasil.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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