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Ricardo Teixeira e Kleber Leite também estão na mira do FBI por supostas propinas

Que dia lindo para quem ama o futebol! Que gol de placa da seleção americana! Além das prisões do ex-presidente da CBF José Maria Marin e mais seis dirigentes da Fifa, um documento do Ministério Público dos EUA obtido por Época mostra que o também ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira é suspeito de ter recebido propina de José […]

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 31 jul 2020, 01h17 - Publicado em 27 Maio 2015, 20h18
Ricardo Teixeira e Kleber Leite

Kleber Leite e Ricardo Teixeira: feitos um para o outro

Que dia lindo para quem ama o futebol! Que gol de placa da seleção americana!

Além das prisões do ex-presidente da CBF José Maria Marin e mais seis dirigentes da Fifa, um documento do Ministério Público dos EUA obtido por Época mostra que o também ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira é suspeito de ter recebido propina de José Hawilla, dono da Traffic.

De acordo com a investigação do FBI, Marin também recebeu dinheiro ilegal na mesma transação.

A história completa envolve ainda o ex-presidente do Flamengo Kleber Leite, dono da Klefer e um dos homens mais próximos de Teixeira, que inclusive o escolheu como candidato para a eleição do Clube dos 13 em 2010.

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Em resumo:

– A Traffic obteve com exclusividade o direito comercial sobre a Copa do Brasil, para o período entre 1990 e 2009, mediante o pagamento de propina a um “alto dirigente da Fifa, da Conmebol e da CBF”

– No fim de 2011, a rival Klefer passou à frente e obteve da CBF o contrato pelos direitos de todas as edições da Copa do Brasil entre 2015 e 2022.

– Para isso, a empresa de Kleber Leite “concordou em pagar uma propina anual” a um alto dirigente da CBF, como Hawilla “tinha feito no passado”.

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– Kleber Leite viajou aos Estados Unidos durante as negociações para discutir o assunto com o dirigente não identificado na denúncia.

– O presidente da CBF, na ocasião, era Ricardo Teixeira, que renunciaria em março de 2012 após 23 anos no comando da entidade.

– Kleber Leite informou a Hawilla que havia acertado pagamentos de propina ao dirigente da CBF.

– Após algum tempo, no entanto, avisou que o valor do suborno negociado originalmente tinha aumentado, diante de novas circunstâncias.

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– “Outros dirigentes da CBF – inclusive o réu José Maria Marin [que se tornou presidente em 2012], e o co-réu 12 [não identificado] – também exigiram pagamento de propina”.

– Hawilla “concordou pagar metade do custo do suborno, que totalizava R$ 2 milhões por ano”, a ser distribuído entre Marin, o novo dirigente, e o anterior.

– Marin e Hawilla se reuniram em abril de 2014 em Miami, na Flórida, para conversar sobre os pagamentos que Hawilla lhe devia pelos direitos de transmissão da Copa do Brasil.

– Hawilla perguntou a Marin se “era realmente necessário continuar a pagar propinas ao antecessor de Marin [Ricardo Teixeira]”.

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– Marin então afirmou: “Já está na hora de… de começar a vir para a gente. Verdade ou não?’

– Hawilla respondeu: ‘Claro, claro, claro. Esse dinheiro tinha de ser dado a você’.

– Marin concordou. “É isso aí, está certo.”

– Hawilla, acusado dos crimes de extorsão, fraude e lavagem de dinheiro, fez um acordo com a Justiça dos Estados Unidos e pagará US$ 151 milhões (o equivalente a R$ 470 milhões), dinheiro que teria lucrado ao pagar propinas para fechar contratos.

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Ricardo Teixeira e Kleber Leite ainda estão soltos.

O FBI deveria visitar o Brasil mais vezes.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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