Os patrocinadores do terror e do humor de cada dia
O noticiário desta sexta-feira já estava tragicômico demais, de modo que me senti inútil. Mas vou brincar de conectar as notícias. Os EUA retiraram Cuba da lista de patrocinadores de terrorismo, já que Cuba só tem dinheiro para aterrorizar seu próprio povo, que é também a maneira de Cuba ganhar mais dinheiro. Dias atrás, por exemplo, um casal de […]
O noticiário desta sexta-feira já estava tragicômico demais, de modo que me senti inútil.
Mas vou brincar de conectar as notícias.
Os EUA retiraram Cuba da lista de patrocinadores de terrorismo, já que Cuba só tem dinheiro para aterrorizar seu próprio povo, que é também a maneira de Cuba ganhar mais dinheiro.
Dias atrás, por exemplo, um casal de escravos cubanos que atuavam no programa Mais Médicos em Pernambuco fugiu para Miami – a mesma cidade americana onde fica a casa de 22 milhões de dólares que o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira colocou à venda, temendo confisco.
Para compensar a retirada de Cuba da lista pró-terror, acho que os EUA deveriam confiscar a mansão de Teixeira e entregá-la de presente aos escravos cubanos fugidos do Brasil.
Após anos de opressão, eles também merecem se divertir com a cantora colombiana Shakira e os músicos Lenny Kravitz e Ricky Martin, vizinhos de Teixeira nos arredores de Sunset Island.
Como o Departamento de Justiça americano descobriu ainda que a empresa do ex-presidente do Flamengo Kleber Leite mandou meio milhão de dólares à conta de um fabricante de iates de luxo em Londres em 2013, e o atual presidente da CBF Marco Polo Del Nero (foto) passou a singrar entre Angra dos Reis e Guarujá a bordo de um luxuoso iate inglês novinho em 2014, também sou a favor do confisco e da disponibilização do iate para facilitar a fuga dos demais escravos.
Em reunião com seus assessores no sábado, Dilma Rousseff rasgou um plano de infraestrutura de US$ 35 bilhões, “mostrando seu famoso temperamento explosivo” e “ordenou que os membros do gabinete descartassem projetos que ela tachou de inviáveis antes de voltarem a se reunir com ela”, de modo que sugiro aos assessores de Dilma Rousseff que levem a ela o meu projeto de infraestrutura transatlântica para dissidentes do regime castrista.
Para não deixar qualquer rastro do valor que peço em propina, eu o escrevi inteiramente em guardanapos de papel, como aprendi com o ex-presidente da CBF agora preso José Maria Marin. Eu pensei em tudo: se Dilma Rousseff rasgar o projeto, meu prejuízo decerto será menor.
De qualquer modo, talvez ela queira deixar os cariocas darem uma voltinha de barco, na esperança de amenizar sua reprovação de 71%, sete vezes mais que no início do mandato, ou usá-lo para fugir de uma vez dessa canoa furada que apenas 7% consideram ótimo ou boa.
Penso também em apresentar a proposta à filha sarada do ex-ministro Guido Mantega, Marina Mantega, para quem as pessoas que vaiaram seu pai “não entendem absolutamente nada de economia e política”, mas temo que, malhando para o verão europeu, ela recomende pedaladas transcontinentais “pra secar e ficar durinha” a barriga dos cubanos.
Com a licença do leitor, agora vou ali ler o noticiário de novo.
A lista de patrocinadores involuntários do humor não para de crescer.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
Siga no Twitter, no Facebook e na Fan Page.