1) A informação de que a militância do PT estuda fazer frente aos antipetistas na Avenida Paulista e as ameaças de Gilberto Carvalho ao país e às instituições (“Eu só espero que eles não brinquem com fogo”, a radicalização “vai depender, a meu juízo, do comportamento da PF, do Ministério Público e do Judiciário”) não são novidades.
O PT sempre ameaça provocar tumultos em atos anti-PT para amedrontar pessoas de bem e evitar a adesão em massa.
A condução coercitiva do maior líder do suposto partido, Lula, só fez aumentar a retórica terrorista.
Não caiam nessa. Somos maioria, temos a PM e o Exército do nosso lado – e PT que ladra não morde.
#VemPraRua13Mar.
2) Os eufemismos petistas para as práticas criminosas do partido e de seus membros são naturalmente renovados à descoberta de cada uma delas.
Depois do “dinheiro não contabilizado” com que o PT designa o caixa 2 eleitoral, Gilberto Carvalho agora minimiza os prováveis crimes de corrupção e ocultação de patrimônio de Lula como “um embaraço da parte dele, que eu concordo que não foi positivo, para poder dar uma explicação cabal de dizer que a chácara tinha sido comprada e mostrar os recibos”.
Um embaraço.
Confrontado pela repórter da Folha, o ex-ministro saiu pela tangente:
“Não é inverossímil ele ir ao sítio pela primeira vez e não perguntar de onde veio? Não dá para dizer que ele não sabia.
Eu não posso dizer isso. Eu só disse que eu não acompanhei esse processo.”
Claro. Gilberto Carvalho não sabe de nada que possa incriminar Lula, só absolvê-lo.
O desembaraço para o cinismo é uma característica comum aos petistas.
3) Questionado se deixaria a carreira no Ministério Público caso o STF barre a nomeação para o Ministério da Justiça, Wellington César Lima e Silva disse ao G1 que ainda não tem uma resposta pronta.
“Acho que esta decisão só pode acontecer depois do pronunciamento do STF. Até porque eu ouviria outros colegas. Isso não é apenas uma questão da minha condição pessoal, tem algo da minha origem institucional. Eu teria que fazer um cálculo de natureza institucional, avaliação de natureza pessoal. Essa resposta eu não lhe dou porque eu não tenho. Não tenho essa resposta”, disse o suposto novo ministro do suposto governo Dilma.
O fato: ninguém acredita que Lima abriria mão de uma carreira com estabilidade e aposentadoria integral para ingressar num governo instável.
O PT, ademais, não tem hoje as mesmas condições para lhe oferecer um “dinheiro não contabilizado”.
4) O deputado Mendonça Filho (DEM-BA) disse a este blog que alguns opositores temiam sua ação popular contra a nomeação de Lima porque ponderaram que o promotor baiano, não sendo um quadro orgânico do PT, podia ser menos pior que um petista de carteirinha posto em seu lugar, como Paulo Teixeira ou Wadih Damous.
Agora, Dilma deve insistir em emplacar Lima, porque sua escolha talvez seja o máximo de desgaste que o governo pode suportar neste momento de turbulência nacional.
A troca de comando da Polícia Federal, que, nos planos do governo, Lima faria após sua posse, ficou ainda mais complicada após a condução coercitiva de Lula.
Com a sociedade de olhos mais abertos, os petistas (sobretudo Dilma) estão encurralados sem saber se a tentativa de melar a Lava Jato compensa o desgaste político de manobras tão escancaradas.
Mas ninguém duvida que eles façam o diabo para se salvar.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
Siga no Twitter, no Facebook e na Fan Page.