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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".
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O melancólico fim de carreira de Lula e Dilma

...e o desespero da turma da mortadela. Veja resumão

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 30 jul 2020, 23h10 - Publicado em 28 mar 2016, 03h47

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Resumão pós-Páscoa em notas e tuitadas:

– Coelhinho da Páscoa
Que trazes pra mim?
A queda da Dilma
E do Lula, enfim
Coelhinho da Páscoa
Pra onde ele vai?
Direto pra cela do amigo Bumlai…

– Imagem do domingo na Av. Paulista: “Teoreco” ou “Teoridra”, boneco inflado de Teori “Da Conspiração” Zavascki, ministro do STF que salvou Lula do juiz Sergio Moro até decisão em plenário da Corte. Devolve, Teori!

Teoreco

– Moro, que praticamente só se pronuncia nos autos, dá um banho de profissionalismo nos atuais ministros do STF, que viraram comentaristas políticos. Em Marco Aurélio Mello, então…

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– Até Celso de Mello deu entrevista a uma manifestante num shopping de São Paulo. Defendeu que impeachment é “instrumento legítimo” (ok), mas disse que Teori “está sendo injustamente atacado, quando na verdade agiu com máxima isenção”. Nada há de isento em repetir e legitimar discurso do PT contra juiz que revela, entre outros, os crimes petistas.

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– Teori atacou desnecessária e estupidamente Moro ao cobrar explicações para retirar sigilo do áudio que flagra Dilma obstruindo Justiça. Moro tem de desconcertá-lo com a elegância que faltou ao ministro.

– Teori fingiu não entender que obstrução à Justiça estava em andamento e juiz nenhum deve esperar trâmites burocráticos para revelar um flagrante delito presidencial que tem de ser imediatamente interrompido.

– Após visita “histórica” de Barack Obama a Cuba e show “histórico” dos Rolling Stones em Cuba, só falta a fuga histórica de Lula a Cuba. Sem aspas.

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– Eros Grau, ex-ministro do STF (menos comprometido, portanto, para se pronunciar no debate público), falou sobre quem chama impeachment de golpe: “A simples adotação desse comportamento evidencia delinquência”. Pois é.

– Grau: “Quem está pedindo que a Constituição seja cumprida não está dando golpe nenhum. Golpe é descumprir a lei.” Dilma é golpista.

– Grau 3: “Essa reação do pessoal ligado à Dilma é algo que pode colocar em risco a paz social. Quem está se manifestando é o povo. Mas estão sendo colocados contra o povo certas organizações partidárias. A situação pode azedar e isso é muito ruim.” Lula, o maior incentivador da guerra civil, é de fato muito ruim para o país.

– Rui Falcão, presidente do PT: “Queremos a paz, mas não tememos a guerra”. “Paz”, para petista, é a transigência da sociedade com os crimes do partido. “Guerra” é a ameaça petista quando a sociedade exige o cumprimento da lei.

– Estadão: PT e seus “movimentos sociais” já discutem como agir na oposição ao governo Temer. “Guilherme Boulos, do MTST, deixou claro… que ‘vai ter resistência’ nas ruas caso o impeachment seja aprovado.” Ui, ui, ui!

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Editorial do Estadão: “É preciso ser um seguidor muito fanático para não perceber que Lula é uma farsa, hoje devidamente exposta para todo o País. E de fanáticos não se deve esperar nada sensato. Por isso, se Lula realmente quiser tocar fogo no Brasil, é possível que ele tenha uns quantos sectários a apoiá-lo. Seria, no entanto, o último ato da grande bufonaria lulopetista.” Um ato patético, como todos os outros.

– Folha: “Alguns dos principais líderes de movimentos sociais admitem, reservadamente, que a queda de Dilma parece inevitável. Para eles, as manifestações são fundamentais, a partir de agora, para ‘marcar posição’, indicando a agenda da esquerda num eventual governo Temer”. Todo mundo já sabe que Dilma caiu, menos ela.

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– A OAB entrega nesta segunda à Câmara um novo pedido de impeachment de Dilma. Além das pedaladas fiscais, as justificativas envolvem renúncias fiscais em favor da Fifa na Copa de 2014 e a intenção de blindar Lula ao dar-lhe foro privilegiado com a nomeação à Casa Civil. O PT sempre usou a OAB para legitimar suas opiniões, como mostrei aqui. Bastou a OAB se voltar contra Dilma que a autoridade jurídica que o PT lhe atribuía desapareceu.

– VEJA: O documento de 43 páginas da OAB defende que Dilma deve perder o mandato e ser declarada inelegível por oito anos sob acusação de crime de responsabilidade previsto no artigo 85 da Constituição. Sim: Dilma violou o texto constitucional.

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– Carlos Lamachia (foto), presidente da OAB: “Essa afirmação do governo, com tanta frequência, de que há um golpe em curso me parece ofensiva ao próprio Supremo Tribunal Federal. Se dizem que é golpe, então o Supremo, há poucos dias, regulamentou o golpe. Ou seja, tanto não é golpe que a instância máxima da Justiça, numa sessão histórica, regulamentou o procedimento de impeachment. Isso acaba com a ladainha de golpe”. Não acaba, porque toda ladainha serve de cortina de fumaça ao PT.

– Como escreveu Carlos Andreazza, editor da Record: “Afinal, qual desinformado quer estar a favor – quer correr o risco de estar a favor – de um golpe de estado?” O discurso petista é sempre isto: propaganda para desinformados.

– Folha: “um dos maiores defensores do governo na Câmara disse que não passam de 20 os votos pró-Dilma na comissão do impeachment“, que tem 65 deputados. Tic-tac…

– O Globo: “Grupo de Temer diz ter 80% dos votos para rompimento com Dilma”. Os outros 20% são da ala mortadela do PMDB, criticada pelo oposicionista Lucio Vieira Lima (PMDB-BA) em depoimento ao Jornal Nacional:

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– Ala mortadela do PMDB tenta fechar acordo com a cúpula do partido para votar na convenção de terça-feira (29) pelo rompimento com o governo em troca de receber autorização para manter cargos até o dia 12 de abril. Motivos:

a) integrantes apostam num governo de transição que os mantenha nos cargos em caso de impeachment;

b) alguns não querem perder o foro privilegiado, como o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, alvo da Lava Jato.

Tudo pela mortadela.

– Ala oposicionista do PMDB diz que peemedebistas com cargos no governo terão de usar a criatividade para mantê-los, porque será proibido. Kátia Abreu já estaria negociando com o PSD de Gilberto Kassab para dar o seu jeitinho.

É o cúmulo do mortadelismo.

– Estadão: “Auxiliares da presidente classificam a decisão do partido” de Temer “como irreversível e chegam a falar que ‘só um milagre’ faria os peemedebistas mudarem de ideia.” Onde se lê “um milagre”, lê-se: uma ação do capeta.

– “Temer sequer atendeu aos telefonemas do ex-presidente” Lula. “Uma nova tentativa deve ser feita nesta segunda-feira, mas há pouca esperança que isso altere o quadro já desenhado”. O capeta perdeu.

– “Até mesmo a nomeação de Lula para a Casa Civil já é vista, no Planalto, como algo que perdeu o sentido” e “a saída vai ser o ex-presidente atuar como interlocutor informal do governo, como já vem fazendo”. Lula sempre atuou nas sombras.

– “No alvo da Lava Jato, porém, a avaliação é de que Lula já não mostra a mesma influência de outrora”, completa o Estadão. A Folha vai na mesma linha: “combalido pelas últimas acusações de envolvimento no esquema investigado pela Lava Jato, o ex-presidente está com capacidade de mobilização política em baixa”. Só lhe sobraram Jandiras e Lindberghs.

– Folha: “aliados dizem que Lula deve ajudar na ‘marcação homem a homem’ no plenário da Câmara, para tentar garantir ao governo o mínimo de 171 votos necessários para barrar o impeachment. O embate na comissão especial já é dado como causa perdida”. Em suma: Lula virou um marcador de deputados de partidos nanicos. É um melancólico fim de carreira.

– Desembarque do PMDB pode influenciar PP, PR e PSD, cujas maiorias já votam pelo impeachment. Resultado: sobrou para Lula a “marcação homem a homem” no PTN.

– Depois de demitir um afilhado de Temer da Funasa, o governo ofereceu o cargo a um petenista e, segundo a Folha, recebeu a “promessa de que 10 dos 13 deputados do PTN votarão contra o impeachment”. É a xepa da xepa.

– Do tucano José Aníbal à Folha: “Ao dedicar seu tempo a retaliar adversários, Dilma reforça sua inclinação a irrelevâncias. Demonstra a estatura da baixa política.” É a única que Dilma sabe fazer.

– Folha: “Apesar da ofensiva, o próprio governo admite que a capacidade de segurar aliados com a oferta de cargos está limitada” por conta da “perspectiva de poder de Temer, que já discute um futuro governo”, e do “fato de que Dilma teria que sobreviver pelos próximos dois anos com baixa popularidade e sob pressão das ruas.”

Traduzindo: Não há mortadela suficiente para convencer 172 deputados a embarcar no Titanic.

– Painel da Folha: “Um ponto tem pesado para os partidos que cogitam romper com Dilma: as eleições de 2016. Por mais que a lógica municipal seja diferente da nacional, ninguém quer fazer a campanha deste ano com a pecha de governista.”

É como pedir votos para a torcida do Flamengo com a camisa do Vasco.

– O governo dizia ter um piso de 130 deputados, mas O Globo fez as verdadeiras contas: “o núcleo duro dos contrários ao afastamento da presidente tem hoje 97 deputados, 75 a menos do que o necessário para impedir sua derrubada”.

Glub, glub, glub.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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