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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".
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O Globo insiste na mentira sobre o desarmamento

O Globo publicou no domingo o terceiro editorial pró-desarmamento em menos de um mês. O texto insiste nas mentiras dos outros dois e usa um novo método para enganar otários: Faz o desarmamento tirar uma casquinha da eficácia de outras medidas de segurança pública na diminuição das mortes por armas de fogo, como, supostamente, a instalação das UPPs […]

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 31 jul 2020, 01h12 - Publicado em 8 jun 2015, 14h26

O Globo publicou no domingo o terceiro editorial pró-desarmamento em menos de um mês.

O texto insiste nas mentiras dos outros dois e usa um novo método para enganar otários:

Faz o desarmamento tirar uma casquinha da eficácia de outras medidas de segurança pública na diminuição das mortes por armas de fogo, como, supostamente, a instalação das UPPs no Rio de Janeiro.

O resultado é uma suruba de créditos que deixa o leitor perdido, acreditando que o desarmamento tem algo a ver com eventuais melhorias.

Primeira omissão
Veja o gráfico do Rio, que O Globo exibe comprimidinho, de modo bastante persuasivo:

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Captura de Tela 2015-06-08 às 12.16.01

Diz o jornal: “Desde 2004, mais de 30 mil vidas foram poupadas em municípios fluminenses. A curva de homicídios faz uma trajetória ascendente até o ano anterior, quando o ED entrou em vigor, e a partir daí cai num decréscimo contínuo.”

Agora veja o gráfico menos comprimido, e repare no que acontece entre 2002 e 2003:

Captura de Tela 2015-06-08 às 09.57.28

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Sim: a curva começa a cair ANTES da criação do Estatuto – sinal evidente de que o surto maior de homicídios já começava a passar -, o que é inteiramente ignorado pelo Globo.

À moda petista, o jornal não vê problema algum em atribuir a queda de um índice a uma medida tomada APÓS o início da própria queda.

E tome dados para persuadir o leitor incauto da falsa relação direta entre as duas coisas:

– “em dez anos, o número de pessoas que compraram armas no Brasil teve um encolhimento de 40,6%. Além do impacto positivo nos índices de criminalidade, da vigência do Estatuto decorreu um alívio nas demandas do SUS”.

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E tome mistura com as UPPs, apesar dos pesares:

– “Ainda que as Unidades de Polícia Pacificadora estejam sob ataques do crime organizado em algumas áreas, e que os indicadores de violência no Rio estejam acima do patamar a partir do qual a Organização Mundial de Saúde considera a violência endêmica (10 mortes por grupos de 100 mil habitantes), os dados mostram que, sem o Estatuto e sem as UPPs, as demandas de segurança teriam dimensão mais grave.”

Os dados nem têm como mostrar tal coisa, porque dados não mostram a dimensão daquilo que não aconteceu.

O Globo não analisa dados de fato, apenas repete discurso publicitário de ONG desarmamentista.

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E o jornal também omite o seguinte:

A variação dos índices de homicídios para cima ou para baixo é idêntica para armas de fogo ou não, como já mostrei aqui.

Em praticamente todos os outros estados, os índices de homicídios CRESCERAM, mas, como Rio de Janeiro e São Paulo jogaram a média nacional para baixo, O Globo usa o exemplo do Rio e faz o desarmamento tirar uma casquinha das demais medidas locais.

Entre elas, diga-se, a criação da Divisão de Homicídios, que o jornal também omite, porque prefere propagandear as UPPs.

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Apesar dos recentes esforços da Folha, de que ainda deverei falar neste blog, repito:

Em matéria de Segurança Pública, O Globo é o que há de pior.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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