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Mulher de Trump ‘aprendeu’ a ‘colar’ com Obama e Biden

Todos os casos são constrangedores (e cômicos). Mas imprensa "esquece" os da esquerda

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 30 jul 2020, 22h16 - Publicado em 19 jul 2016, 13h36
melania obama biden

Obama, Biden e Melania: não há nada de ruim que a esquerda não tenha feito igual ou pior

Melania Trump é acusada de plagiar discurso de Michelle Obama.

Esta é a principal notícia na imprensa americana – ou seja: praticamente a única na imprensa brasileira que a traduz – sobre a convenção nacional do Partido Republicano realizada na noite de segunda-feira.

A ex-modelo e mulher de Donald Trump pronunciou algumas frases quase idênticas às da primeira-dama dos Estados Unidos quando acompanhou Barack Obama em sua campanha, em 2008.

Internautas apontaram as similaridades dos trechos e montaram vídeos com os dois discursos, decerto escritos por redatores das respectivas campanhas.

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A “cola” é constrangedora, claro, ainda mais porque se trata da mulher de um adversário político do marido (ainda que Melania não tenha chegado ao cúmulo de anunciar a eleição de Trump como a primeira vez em que ela estaria orgulhosa da América, como fez Michelle em relação à vitória de Obama.)

A campanha de Trump deu à imprensa um ótimo pretexto para ignorar o resto da convenção, carregada de críticas aos engodos de Obama e Hillary Clinton, como comentei em tempo real no Twitter.

O que a imprensa obviamente não mostra é que Barack Obama e o vice-presidente Joe Biden também já foram “acusados de plagiar” discursos alheios sem a menor cerimônia.

Em 2008, Obama “colou” um discurso de 2006 de Deval Patrick, governador de Massachusetts.

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=8M6x1H08aFc?feature=oembed&w=500&h=375%5D

Em setembro de 1987, Biden “colou” um discurso de maio daquele ano de Neil Kinnock, líder do Partido Trabalhista inglês.

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[youtube https://www.youtube.com/watch?v=0Rkoqglq9dU?feature=oembed&w=500&h=375%5D

Biden, na verdade, é reincidente.

Também em 1987, “colou” discurso de 1968 de Robert Kennedy e ainda foi acusado de plagiar John Kennedy e Hubert Humphrey.

O hábito vinha desde a faculdade. No curso de Direito na Universidade de Syracuse, Biden já havia colado cinco páginas de um trabalho alheio sem a citação apropriada, o que lhe rendeu uma nota “F”.

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Quando vieram à tona as acusações de que era um “plagiador serial”, ele se saiu com uma pérola que hoje, na prática, serviria até de crítica à repercussão negativa do caso de Melania Trump:

“A noção de que a cada pensamento ou noção ou ideia você tenha que voltar e encontrar e atribuir a alguém eu acho que é francamente ridícula.”

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=QIaALKHVrAA?feature=oembed&w=500&h=375%5D

Todos os casos são constrangedores e, ao mesmo tempo, cômicos, embora não configurem nenhum grande escândalo e os da “esquerda” sejam omitidos no noticiário.

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Nada, no entanto, é mais constrangedor do que a imprensa dar maior destaque à “cola” de Melania Trump (com arte, marca-texto, vídeo e tudo mais) do que às refutações feitas pelo diretor do FBI, James Comey, às mentiras da atual candidata à presidência Hillary Clinton sobre o uso de servidor pessoal de e-mail enquanto era secretária de Estado.

A mulher de Trump “aprendeu” a “colar” com Obama e Biden. Mas a imprensa brasileira “cola” diária e exclusivamente a imprensa esquerdista americana.

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=ipGuHOhScqM?feature=oembed&w=500&h=375%5D

Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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