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Maioria do Senado se diz a favor do afastamento de Dilma. “Estarei preparado”, afirma Temer

PMDB estima 380 votos pró-impeachment na Câmara. Veja resumão

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 30 jul 2020, 23h02 - Publicado em 13 abr 2016, 05h48

DILMA-E-TEMER-1

Resumão em notas e tuitadas:

– PMDB estima ter 38o votos na Câmara a favor da admissibilidade do processo de impeachment. São necessários 342. Vitória é dada como irreversível.

– PP, PRB e parte do PR desembarcaram. PSD tem 26 pró-impeachment e 9 contra. Governo e oposição brigam por PDT, PSB e ala mortadela do PMDB.

– Estadão: “Maioria do Senado já se declara a favor do afastamento” de Dilma: 42 a 17, com 22 indefinidos. Impossível barrar o processo, querida.

– No Senado, basta maioria simples (41) para instaurar processo, ao que Dilma é afastada por 180 dias. Para enxotá-la de vez, são necessários 2/3 (54).

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– Em clima de festa, Michel Temer recebeu o “beija-mão” de cerca de 70 parlamentares no Palácio do Jaburu na terça-feira (12). “Hoje, o Jaburu virou o Planalto”, resumiu o deputado Sandro Alex (PSD-PR). Um dia, o Planalto de hoje ainda vira Papuda.

– Michel Temer disse à Globonews que “estarei preparado” para assumir governo em caso de impeachment; que convocação de eleições gerais neste momento é “ruptura constitucional”; e que a palavra golpe tem sido utilizada de forma indevida ultimamente. Só fatos.

– Temer sobre rótulo de golpista: “Passei praticamente três semanas em São Paulo precisamente para que não me acusassem de nenhuma articulação. No Parlamento começou uma guerra contra minha figura. Então, fui obrigado a me defender. O que faço hoje não é guerrear, é me defender.” Faz bem.

– Temer sobre hipótese de impeachment não passar (toc-toc-toc): “Ao longo desse período em que fui vice-presidente nunca tive um chamamento efetivo para participar das questões do governo, de modo que se nada acontecer tudo continuará como dantes”. Ela finge que governa; ele, que está no governo.

– A diferença mais evidente entre Temer e Dilma é que o vice-presidente sabe formular frases e expressar raciocínios do início ao fim. Não é pouca coisa.

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– Caberá a Rosa Weber analisar recurso de Eduardo Cunha contra decisão de Marco Aurélio Mello de mandar abrir processo de impeachment contra Temer também. Pode copiar a aula de democracia de Celso de Mello ao ministro 247, Rosa.

– Folha: Dilma “ficou indignada” com notícias de que ela e Gim Argello, preso pela Lava Jato, eram amigos. “Sabe quem ele apoiou em 2014? O Aécio!”

– Dilma queria Gim no TCU, liberou-lhe milhões de reais e aparece com ele até passeando com cão, mas vazou à Folha que Gim apoiou Aécio. Patética.

Brasília, 29/04/2009 - Foto: Adriano Machado Dilma Rousseff - Ministra-Chefe da Casa Civil durante caminhada matinal próximo a sua residência na Península dos Ministros no Lago Sul em Brasília.

Brasília, 29/04/2009 - Foto: Adriano Machado Dilma Rousseff - Ministra-Chefe da Casa Civil fala com o Senador Gim Argelo durante caminhada matinal próximo a sua residência na Península dos Ministros no Lago Sul em Brasília. Brasília, 29/04/2009 – Fotos de Adriano Machado

– Dilma declarou ao TSE em 2014 que guarda R$ 152 mil em espécie. Gim declarou à Justiça Eleitoral no mesmo ano que guarda R$ 800 mil. Legenda para a primeira foto acima: “Você tem de enfiar maços deste tamanho no fundo do colchão, querida”.

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– Por falar em aparecer, Dilma apareceu na terça ao lado de Aloizio Mercadante, ministro da Educação(!) que tentou comprar silêncio de Delcídio. Só fera.

Mercadante Dilma

– Como disse Romero Jucá (PMDB-RR) sobre ataques de Dilma a Temer: “Lamento que a presidente Dilma esteja perdendo o equilíbrio, colocando culpa em outras pessoas pelos erros do governo.” Erros e crimes.

– Para Jucá, Dilma apela a “enredo já ultrapassado: porque falar em golpe é o que falou o presidente Fernando Collor há muitos anos. Esse é um enredo batido, copiado e que não deu certo. Era melhor que a presidente tivesse um pouco mais de equilíbrio e análise das suas próprias limitações.” Impossível.

– Aloizio Mercadante, o comprador de silêncio, apareceu

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– Prisão de Gim e debandada da base mostraram a Renan Calheiros que seu fim está próximo. Atrasar afastamento de Dilma com dúvidas ao STF seria manobra de desespero.

– Como disse o ministro Luiz Fachin: STF já se manifestou sobre impeachment em dezembro e deve evitar interferir no processo. Já interferiu até demais.

– Se não fosse a interferência de Luís Roberto “Minha Posição” Barroso, vitória da oposição na comissão do impeachment teria sido com mais de 50 votos.

– Sobre Renan enrolar no Senado para dar tempo ao PT de comprar senadores, Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) comentou: “Não creio que tenha coragem!”

– São de Lima, também, três das melhores declarações da semana, a terceira delas ironizando a Carta ao Povo Brasileiro, de Lula, em 2002:

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1) “Crime de responsabilidade sem impeachment é golpe”;

2) “Não nos envergonha o áudio do Michel [Temer]. Ao contrário, nos orgulha. Já o áudio de Dilma e de Lula o governo tenta esconder”;

3) “Michel modernizou: mandou um whats aos brasileiros”.

– Folha: No Senado relatoria do impeachment deve ser confiada a Eunício de Oliveira (PMDB-CE). “Renan promete não atrapalhar” tramitação. Amém.

– PT quer monopólio da “defesa da democracia” que tentou destruir com sucessivas compras de parlamentares em mensalão, petrolão, bolsa-deputado.

– Oposição tem de desmascarar em peças publicitárias propaganda do PT em nome da “democracia”, apontando como organização criminosa a fraudou.

– Vencer narrativa do PT é tão ou mais importante que conseguir impeachment de Dilma. Não se pode deixar que a primeira sobreviva à segunda.

– Oposição venezuelana entrega documentos para referendo de revogação do mandato de Nicolás Maduro. Vem com a gente, Venezuela. Fora Foro!

– Trabalhar pelo melhor preparando-se para o pior é melhor que não trabalhar achando que não dá em nada ou esperando que tudo lhe caia do céu.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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