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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".
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Ferguson: Cai a farsa esquerdista! Júri decide não indiciar policial branco por morte de ‘jovem’ negro; e promotor educa mídia sobre provas físicas contra agenda política. Protestos continuam: militância não se importa com fatos

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 31 jul 2020, 02h35 - Publicado em 25 nov 2014, 05h28

FERGUSONBLOG-ANNOUNCE2-master675O grande júri de St. Louis, subúrbio de Ferguson, no estado americano do Missouri, resistiu bravamente à pressão das piores revoltas raciais em anos nos Estados Unidos e decidiu não indiciar o policial branco Darren Wilson por atirar e matar o jovem negro desarmado Michael Brown, de 18 anos, em episódio confuso cujos fatos – expostos neste blog (e repetidos no fim deste post) – nunca importaram à mídia esquerdista americana, traduzida “bovinamente” (vão me processar também?) pelos jornais brasileiros. O importante, como de hábito, era investir na narrativa de que a América é racista, a polícia é racista, a direita republicana associada à América e à polícia é racista, tudo para insuflar a militância nas redes sociais e nas ruas.

Ferguson fogoPara nova revolta desta última, que, conforme o previsto, incendiou Ferguson madrugada adentro, o anúncio da decisão do júri foi feito na noite desta segunda-feira (24) pelo promotor Robert McCulloch, cujas palavras foram uma verdadeira aula a jornalistas do mundo inteiro:

“Estou ciente de que esta decisão não será aceita por alguns e pode decepcionar outros, mas todas as decisões no sistema de Justiça criminal devem ser determinadas pelas provas físicas e científicas, e pelos testemunhos críveis corroborados por essas provas, e não em resposta ao clamor público ou por conveniência política.”

McCulloch reiterou que os membros do júri foram as únicas pessoas que examinaram todas as provas e testemunhas, várias das quais admitiram que seus depoimentos iniciais – divulgados irresponsavelmente pela mídia – haviam se baseado no que ouviram dizer ou presumiram, pois elas não tinham visto de fato a cena dos tiros. Entre esses falsos depoimentos, como já sabíamos, havia aquele de que Brown estava de mãos para cima, em postura de rendição. Uma mentira repetida, como não poderia deixar de ser, pela militância ninja no Brasil.

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Não: o sangue de Brown foi encontrado no interior da porta do motorista do carro de Wilson, em toda a roupa e na arma do policial, sinais do confronto físico que ocorrera antes dos tiros. E todas as testemunhas que declararam que Brown partiu para cima de Wilson são afrodescendentes, ok? O mesmo Brown, aliás, que minutos antes assaltara uma loja de conveniência e partira para cima do dono quando este tentara bloquear a saída.

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McCulloch anunciou a liberação do material com os testemunhos e provas para logo após o pronunciamento, e continuou sua aulinha: “Decisões sobre questões tão graves quanto acusar um indivíduo de um crime simplesmente não podem ser tomadas com base em nada menos do que uma análise crítica completa de todas as provas disponíveis. Qualquer coisa a menos não é justiça”, disse o promotor. “É meu dever por juramento e do grande júri buscar a justiça e não simplesmente obter uma acusação ou uma condenação”, afirmou.

Em resposta à imprensa, ainda disse que sim: membros negros e brancos do júri chegaram à mesma conclusão sobre o caso. Mas que importa? Brown já virou símbolo de uma causa que nada tem a ver com o episódio que tragicamente lhe tomou a vida. A esquerda continuará usando seu nome para levantar suas bandeiras políticas contra a perseguição às minorias, assim como Jean Wyllys aproveita qualquer morte de indivíduos gays para levantar a sua (mesmo quando eles se suicidam ou são assassinados por parceiros homossexuais).

No Brasil ou nos EUA, a indiferença às provas na ânsia de eliminar supostos inimigos mostra apenas que a “justiça social” é o oposto da verdadeira justiça. Nada mais tragicômico que muitos ainda prefiram mentir com essa esquerda a acreditar em uma verdade vinda da direita.

Relembre o vídeo – traduzido abaixo por mim e legendado pelos Tradutores da Direita – em que Ben Shapiro destrói a farsa esquerdista em menos de 6 minutos. Volto em seguida com o vídeo da versão oficial de McCulloch (em inglês) e dicas de leituras ‘direitas’ sobre essa e outras farsas raciais.

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Tudo que você sabe sobre Michael Brown é uma mentira. A mídia, os políticos, os racialistas – todos eles lhe contaram a história do jovem inocente, do adolescente negro desarmado, do Gigante Gentil assassinado a sangue frio por um policial branco cruel que representa o poder instalado do mal.

Al Sharpton, que é sempre o primeiro a aparecer em cena quando uma pessoa negra é morta por um branco – ou, no caso de São Trayvon [Martin] do Abençoado Agasalho com Capuz, um hispânico branco – descreveu Brown como um “Gigante Gentil”, também. Lá no Daily Kos, um escritor descreveu St. Michael como um “cara grande que a família chamou de seu ‘Gingante Gentil ‘… criado para ser um jogador de futebol da escola – direto da central de elenco – mas Mike era tímido demais para o esporte. De acordo com amigos e familiares, ele nunca tinha participado de uma briga na vida.” CNN, The Daily Mail – todos eles o chamavam de “Gigante Gentil”.

E o homem que privou o mundo deste “Gigante Gentil” foi, é claro, o policial Darren Wilson.

Originalmente, foi-nos dito que Wilson atirou em Brown pelas costas, depois de parar o “Gigante Gentil” por andar no meio da rua – um comportamento que o presidente Obama viria a chamar de “andar como negro”. Supostamente, Wilson puxou o gigante de 1,98m e 131kg através da janela do motorista, mas Brown escapou e fugiu deste louco emissário de brutalidade policial. Wilson então supostamente atirou em Brown por trás enquanto ele fugia, ao que Brown virou-se, levantou as mãos em sinal universal de rendição, e pereceu em uma saraivada de balas.

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Aqui está a realidade: tudo isso foi uma mentira.

A primeira rachadura no mito de São Michael, o “Gigante Gentil”, veio na forma de uma fita de segurança, gravada poucos minutos antes do confronto fatal com o policial Wilson.

De acordo com relatos da polícia, o “Gigante Gentil”, que nunca tinha participado de uma briga e foi muito tímido para jogar futebol, segurou um pequeno atendente e empurrou-o contra uma estante de produtos. Ele também roubou uma caixa de Swisher Sweets, que são charutos baratos.

A rachadura seguinte na história São Michael: o New York Times relatou que Michael Brown “não era um anjo”. O relatório explicou que ele “se envolveu em drogas e álcool” – o que, presumivelmente, era o motivo para ele roubar uma caixa barata de Swisher Sweets da loja de conveniência, uma vez que Swisher Sweets são rotineiramente usados para fumar maconha. Na verdade, o organismo de Brown estava repleto de THC durante o incidente com o policial Wilson, revelou a autópsia.

A reportagem do New York Times também explicou que Brown “havia dado uma de rapper nos últimos meses, produzindo letras que eram por vezes contemplativas e vulgares”.

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Aqui está uma amostra da música de São Michael, selecionada pelo Gateway Pundit:

“My favorite part is when that body hits the ground.

I soak em up like I’m wringing out a sponge

Talking down make me shoot off your whole tongue”

As palavras do bem-aventurado santo.

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A mídia e os políticos chiaram histericamente quando essas informações começaram a manchar o altar iluminado que haviam construído para São Michael – só porque São Michael havia assaltado uma loja de conveniência, usado drogas, e editado alguns vídeos vis de rap não significa que ele merecia ser fuzilado!

O que, é claro, era verdade. Mas o resto do conto mítico do martírio de São Miguel começou a cair aos pedaços, também.

A versão do policial Wilson da história começou a ser divulgada em fogo lento: após parar Brown, disse Wilson, Wilson tentou sair de seu carro – Brown fechou a porta em cima dele, em seguida projetou a si próprio através da janela do motorista. Ele tentou pegar a arma de Wilson, ao que Wilson disparou a arma no veículo. Brown correu. Wilson o perseguiu. Brown então se virou e correu em direção a Wilson, ao que Wilson deu-lhe vários tiros.

De acordo com o Washington Post, “mais do que meia dúzia de testemunhas negras anônimas deram testemunho… que corrobora o relato de Wilson dos acontecimentos… a análise dos respingos de sangue, cápsulas e testes de balística também corroboram o relato de Wilson do tiroteio, disseram as fontes do Post.”

Agora, um novo relatório da autópsia revelado pelo St. Louis Post-Dispatch – o mesmo jornal que originalmente chamou Brown de “Gigante Gentil” – mostrou que o corpo de Brown tinha uma “ferida de arranhadura” em seu polegar; a ferida continha matéria “consistente com os produtos que são descarregadas a partir do cano de uma arma de fogo.” Isso só pode acontecer de perto – tão perto, de fato, que não havia pontilhado algum: o padrão de pólvora que não vai aparecer a uma distância de uma polegada do cano da arma. Em outras palavras, como disse a legista de San Francisco doutora Judy Melinek, “esse cara está tentando alcançar a arma.”

A autópsia sustenta a briga no carro também – a pele de Brown foi encontrada no exterior do veículo. A CNN relata que o sangue de Michael Brown foi encontrado no uniforme, no carro de polícia e na arma de Wilson.

A autópsia ainda mostra que Brown não foi atingido com as mãos para cima. De acordo com o relatório da autópsia, o ferimento de bala no “braço direito superior dorsal” de São Michael demonstrou que a direção do tiro foi “ligeiramente para cima, para trás e para a esquerda”. Isso significa, de acordo com Melinek, que o tiro “viajou da parte de trás do braço para o interior do braço, o que significa que as palmas das mãos de Brown não poderiam estar viradas para Wilson”.

A raiva continua, é claro, porque os fatos não importam quando mitos já criaram raízes. Benjamin Crump, o advogado da família Brown – ele também foi o advogado da família Martin – disse que “a família e os apoiadores não serão persuadidos pelas declarações do relatório de autópsia ou das testemunhas”, de acordo com o Washington Post. E, claro, os políticos locais prometeram que a prova não vai mudar coisa alguma.

Enquanto isso, os discípulos de Michael Brown prestam homenagem ao seu Gigantismo Gentil lutando para ver como capitalizar em cima de seu suposto martírio. A mãe de Michael Brown, Lesley McSpadden, supostamente entrou em uma briga com a avó e um primo quando ela os encontrou vendendo produtos Michael Brown. A briga terminou, aparentemente, com uma outra pessoa não identificada batendo no rosto do primo de Brown com um tubo ou uma vara, resultando em sua internação hospitalar. O suspeito então roubou uma caixa da cena contendo cerca de US $ 1.400.

Mas não importa – o legado de Michael Brown, o “Gigante Gentil”, vai continuar. Outro mártir se juntou ao Testamento Racial. Outra falsa marca negra nas forças policiais brancas racistas por toda parte. E a construção agressiva da esquerda do mito de São Michael “Gigante Gentil” garante que mais jovens negros verão a polícia como o inimigo, que os confrontos vão se multiplicar, e que a esquerda vai ter muitas outras oportunidades futuras para acrescentar ao seu cânone perverso.

****

Segue a versão oficial (em inglês) do promotor Robert McCulloch:

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Na Veja.com: Policial se livra de acusação por morte de jovem negro.

Leituras complementares (a maioria em inglês):

– Ann Coulter desfez os mitos de que negros são mais parados pela polícia no trânsito (AQUI);

– Bill Whittle demonstrou com dados que, se há uma guerra racial, o maior número de vítimas é de brancos (AQUI);

– o World Net Daily mostrou que o procurador-geral Eric Holder deveria estar investigando era a morte da negra Miriam Carey pelos policiais federais de sua própria jurisdição em Columbia – os guardas da Casa Branca de Obama – e questionou por que não há protestos por ela (AQUI) – coisa que Olavo de Carvalho também comentou (AQUI);

– Rush Limbaugh desmascarou diariamente a cobertura da mídia esquerdista (“Você não está vendo o noticiário, está vendo política”), especialmente quando a CNN começou a ver o mito escorrer pelas mãos (AQUI);

– e Andrew Klavan culpou o próprio governo Obama por ter instalado as tensões raciais, com Holder jogando essa carta todas as vezes que é pego em um novo escândalo, Joe Biden acusando republicanos de quererem pessoas negras acorrentadas novamente, e o próprio Obama sugerindo repetidamente que seus oponentes são motivados pelo racismo (AQUI, traduzido).

Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

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