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Exclusivo: Olavo de Carvalho e Record celebram acordo para edição histórica de ‘O imbecil coletivo’

Best seller será tratado com "importância histórica, atualíssima, que tem", diz editor

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 30 jul 2020, 23h45 - Publicado em 6 jan 2016, 16h59

Olavo

Depois de ultrapassarem a marca de 150 mil exemplares vendidos com o livro O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota (2013), organizado pelo colunista Felipe Moura Brasil (eu mesmo), o filósofo Olavo de Carvalho e a Editora Record fecharam acordo para “uma nova e espetacular edição” do best seller O imbecil coletivo, lançado originalmente em 1996.

“Vamos relançar o livro numa edição que o trate com a importância histórica, ao mesmo tempo atualíssima, que tem”, disse a este blog o editor-executivo da Record, Carlos Andreazza, garantindo que a primeira tiragem não terá menos que 50 mil exemplares.

A nova edição deverá sair no começo de 2017, após um livro de entrevistas inéditas com o autor, previsto para 2016.

“Um por ano”, resume Andreazza, sem contar com a sequência filosófica do nosso Mínimo, ainda sem previsão.

Em sua versão original, O imbecil coletivo encerrava a trilogia iniciada com A Nova Era e a Revolução Cultural (1994) e O Jardim das Aflições (1995), e reunia textos escritos por Olavo de Carvalho entre 1992 e 1996 que tinham um tema em comum: “a alienação da nossa elite intelectual, arrebatada por modas e paixões que a impedem de enxergar as coisas mais óbvias”, como escreveu o autor no prólogo da primeira edição.

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A obra, que despertou a ira dos intelectuais brasileiros de esquerda nela retratados, ainda ganhou duas sequências, O imbecil coletivo II e III, dado que o tema era, e ainda é, inesgotável.

Relembro abaixo a “profética” entrevista que Olavo de Carvalho concedeu a Pedro Bial no programa Bom Dia Brasil, em 1996, seis anos antes de o PT subir ao poder político.

Transcrevo em seguida o trecho mais marcante.

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=eGLKQDo-_1w?feature=oembed&w=500&h=375%5D

Bial – Você é de direita?
Olavo – Olha, (inaudível) direita de Deus-Pai Todo-Poderoso no Juízo Final, eu espero. Agora, se é de esquerda ou direita aqui não me interessa. O que me interessa é em cima e embaixo. No tempo em que quem estava no poder era a direita, eu estava na esquerda como crítico. Agora eu acho que a esquerda está num momento de ascensão, então eu automaticamente passo a olhá-la com olhos críticos.

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Bial (surpreso e desconfiado) – A esquerda está num momento de ascensão?
Olavo – Ah, sem sombra de dúvida.

Bial – …num momento em que a alternativa socialista sofreu um colapso no mundo inteiro.
Olavo – Sem sombra de dúvida. Aconteceu no mundo inteiro, mas eu não duvido que a esquerda, aqui no Brasil, ela tem uma grande esperança de que isso aqui seja a terra onde vai haver um renouveau, um renascimento. Eu acho essa esperança maluca, mas eu creio firmemente que eles têm essa ideia. E [o fato de] que [eles] têm um poder muito grande hoje, a gente vê sobretudo nos meios de comunicação, na universidade… Isto por quê? Porque a partir da década de 1960, foram adotando a estratégia gramsciana, que é a de fazer a revolução cultural primeiro para fazer a revolução política depois. Então foram gradualmente ocupando espaços na universidade, na imprensa, rádio, movimento editorial etc. E hoje isto aí está praticamente na mão deles, embora eles mesmos não assumam a responsabilidade. Quer dizer: muitas vezes [os esquerdistas] têm poder, mas não assumem que têm, então continuam se sentindo perseguidos e infelizes.

* Relembre também aqui no blog:
– Dezoito anos depois, diagnóstico de Olavo de Carvalho vira mote de filme de Sérgio Bianchi: “Falo das pessoas que, mesmo no poder, se acham perseguidas”, declarou cineasta à Folha, sem citar o filósofo. Se cabe a mim reconstituir a história cultural do Brasil, então vamos lá
Olavo tem razão

Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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