Exclusivo: Jornal Nacional copiou release de ONG pró-desarmamento sem checar informações. Cadê retratação?
Falei aqui da reportagem mentirosa do Jornal Nacional de segunda-feira sobre a proposta de mudança do estatuto do desarmamento. Comentei também que o JN atribuiu a “especialistas” uma opinião contrária ao projeto, tendo entrevistado um único “especialista”: Ivan Marques, do Instituto Sou da Paz. Agora, recebi de uma fonte em Brasília a prova de que o programa simplesmente copiou […]
Falei aqui da reportagem mentirosa do Jornal Nacional de segunda-feira sobre a proposta de mudança do estatuto do desarmamento.
Comentei também que o JN atribuiu a “especialistas” uma opinião contrária ao projeto, tendo entrevistado um único “especialista”: Ivan Marques, do Instituto Sou da Paz.
Agora, recebi de uma fonte em Brasília a prova de que o programa simplesmente copiou o release dessa ONG pró-desarmamento sem checar as informações nele contidas a respeito do PL3722/2012.
Sim: o JN foi pautado pelo Instituto Sou da Paz, o mesmo que fora proibido pelo Tribunal Superior Eleitoral de fazer campanha para o referendo das armas em 2005 por receber verbas de organização estrangeira: no caso, US$ 68 mil dólares da Fundação Ford, aquela entidade bilionária que financia causas de “minorias”, hoje articuladas justamente nas tais organizações não-governamentais.
Só entre 2005 e 2006, a fundação gastou mais de US$ 25 milhões no Brasil com programas voltados para a sexualidade e saúde reprodutiva, direitos humanos, desenvolvimento, governança e demais itens da agenda esquerdista supostamente em favor dos “oprimidos”.
O Sou da Paz ainda continuou recebendo grana da Ford nos anos seguintes, como mostra o site da Fundação:
O material que recebi havia sido enviado pelo Sou da Paz à imprensa e acabou praticamente reproduzido (“Ctrl C, Ctrl V”) pelo Jornal Nacional.
Ei-lo abaixo, seguido novamente das refutações do deputado Peninha, autor do PL3722/2012, relativas a pelo menos dois itens.
“Principais mudanças previstas pelo projeto
1 – Redução de idade
O texto reduz de 25 anos para 21 anos a idade mínima para comprar armas, libera a compra de armas para quem já esteve preso e também para pessoas investigadas por crimes violentos, o que hoje é proibido.
2 – Andar armados nas ruas
As pessoas poderiam voltar a andar armadas nas ruas. Hoje, o Estatuto do Desarmamento autoriza apenas policiais e outros profissionais da segurança e da Justiça a circularem armados.
3 – Compra de arma
Aumenta de 6 para 9 a quantidade de armas que uma pessoa pode ter
4 – Compra de munição
Aumenta de 50 para 600 o número de munições.
5 – Antecedentes criminais
Libera a compra de armas para quem já esteve preso ou é investigado por crimes violentos.
6 – Registro de arma passa a ser definitivo
O projeto torna o registro da arma definitivo. O estatuto exige renovação a cada 3 anos.
7 – Redução da perda do porte
A proposta acaba com a perda automática do porte para quem for pego armado sob efeito de álcool ou drogas
8 – Publicidade
Libera a publicidade de armas e munição, que hoje é proibida no país.”
Lamentavelmente, o Jornal Nacional não se retratou na terça-feira.
O tragicômico é que a esquerda acusa a Rede Globo de servir aos interesses do capital internacional e blá-blá-blá.
Não deixa de ter razão neste caso. O JN, como vimos, anda servindo aos interesses do capital internacional esquerdista.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil
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