Meu time para vencer a Colômbia, provavelmente nos pênaltis (com ajudinha do juiz): Júlio César, Maicon, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Fernandinho, Paulinho, Oscar e Willian; Neymar e Hulk. Ou em último caso, com três zagueiros: Júlio César; Thiago Silva, Henrique e David Luiz; Maicon, Marcelo, Fernandinho, Oscar e Willian; Neymar e Hulk.
Ninguém na área. Um time de carregadores de bola, vindo juntos de trás. É preciso trabalhar com o elenco que se tem. E o Brasil é fraco para chegar ao ataque, de modo que precisa de mais gente colaborando para isso. Felipão testou este último esquema 3-5-2, com Henrique, no último treino em Teresópolis e a equipe titular deslanchou, mesmo com Fred. Não duvido que ele julgue resolvido assim o problema de fazer a bola chegar ao ataque e insista em manter o centroavante, ao menos de início, muito embora ciente de que será criticado pela teimosia em caso de eliminação. Pode funcionar? Pode, claro. Até milagres acontecem. Mas eu já começaria com Fred de fora, e com todo mundo apertando a saída de bola da Colômbia. O Brasil precisa ganhar o meio-campo antes de ganhar o jogo.
Já Ramires, concedo que entre como titular no lugar de qualquer volante, porque, fora Luiz Gustavo suspenso, é tudo a mesma… coisa. Se for no lugar que reservo a Willian, como Felipão parece preferir, que seja no esquema 3-5-2, ou vamos ficar com três volantes de fato (desta vez, Fernandinho, Paulinho e Ramires), o que já foi uma grande bagunça contra o México (quando jogaram Luiz Gustavo, Paulinho e Ramires). Bernard fica de opção no 2º tempo para o lugar de Hulk caso ele erre tudo. Daniel Alves, Fred e Jô ficam bem no banco.
Ao contrário de Colômbia (Rodríguez), França (Benzema), Argentina (Messi), Alemanha (Schweinsteiger) e Holanda (Sneijder e Robben), o Brasil não tem um comandante, uma grande personalidade capaz de fazer o time jogar, e não só dar arrancadas fominhas como fizeram Neymar e Hulk contra o Chile como se estivessem jogando contra a zaga do Flamengo. Mas, se não tremer demais, o que é difícil, e se não errar tantos passes, o que é mais difícil ainda, pode vencer na garra, fazendo pressão em conjunto, fechando os espaços e, quem sabe, aproveitando aqueles dois ou três vacilos que qualquer equipe sul-americana sempre dá.
Felipe Moura Brasil – https://www.veja.com/felipemourabrasil
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PS: Esta Suíça que perdeu para a Argentina por 1 a o na prorrogação pelas oitavas de final da Copa do Mundo era praticamente a mesma (9 jogadores) que derrotou o Brasil em 14/08/2013 por 1 a 0, com gol contra de quem? Dele mesmo. Pois é. Foi o primeiro choque de realidade que a seleção teve após o deslumbramento geral com a Copa das Confederações. E eu já estava lá, como de hábito, zombando dos deslumbrados.