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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".
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Da neurose à censura

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 2 dez 2016, 15h59 - Publicado em 6 mar 2014, 23h27

Se desde a mistura de portugueses, negros e índios, o que se vê no Brasil é a busca por sexo e dinheiro, quase ninguém atende a um “chamado”, quase ninguém exerce uma vocação. Sem o exercício da vocação ou, como chamava o psiquiatra Viktor Frankl, a busca pelo sentido da vida, não há realização pessoal. Sem realização pessoal, sobram inveja, azedume, frustração. A frustração acaba sendo naturalmente também descontada nos filhos, sob a forma de hostilidade.
 
Os filhos em geral são desde cedo atormentados pelos pais, em contraste com o bíblico “Não atormente seus filhos” de Efésios 6,4. A hostilidade e o tormento – que se manifestam ainda no esforço de impedi-los de lutarem por seus próprios sonhos – são o oposto da afeição, do carinho, do afeto, da segurança, da confiança, de tudo que constitui o verdadeiro amor paterno. Se não são amados pelos pais, os filhos precisam encontrar fora de casa o amor faltante.
 
Eles então buscam alhures “ser estimados a qualquer custo”, o que já constitui um desejo neurótico de afeição, como definia Karen Hornay em “A personalidade neurótica do nosso tempo”, de 1937. Este desejo neurótico resulta na incapacidade de ficar sozinho e na consequente dependência grupal, que, por sua vez, diz respeito apenas ao terceiro dos seis graus da escala de consciência moral do professor Lawrence Kohlberg, de Harvard.
 
Essa dependência grupal que impede os brasileiros de subir na escala da moralidade, e que vira associação mafiosa e solidariedade no crime em cidadãos adultos com prestígio, autoridade e poder de mando, como por exemplo no caso dos mensaleiros, é tanto mais grave quanto mais contaminados são os grupos de qualquer idade pela linguagem dessa mesma máfia criminosa, exploradora por natureza dos ressentimentos dos mal-amados.
 
Com a infiltração de militantes de esquerda nos centros disseminadores de ideias desde a virada dos anos 1970, seguindo a estratégia da “revolução cultural” do ideólogo comunista italiano Antonio Gramsci, os brasileiros cresceram absorvendo naturalmente em escolas, universidades, mídia, show business etc. os slogans e “raciocínios” esquerdistas, dos quais apenas a leitura de autores demonizados pelos manipuladores gramscianos poderiam curá-los.
 
Mas como esperar que um sujeito incapaz de ficar sozinho um minuto, dependente da afeição das pessoas do seu meio social imediato – inclusive pais, professores e patota de miguxos – e ávido, senão por dinheiro, por uma vida de prazeres sem sacrifícios, tenha a dignidade de buscar em livros e blogs ao menos as informações que sua cultura ambiente lhe sonegou antes de reproduzir como um papagaio julgamentos alheios recebidos prontos sem o menor exame?
 
Melhor não esperar, nem condescender. Deve-se expor a sua idiotice em toda a linha, em livros e blogs, incansavelmente, demonstrando a que sorte de canalhas ela favorece, até que as brechas em revistas e jornais, os memes das redes sociais, a criação de músicas e de todo um ambiente alternativo ao mainstream ofereçam uma base cultural sólida na qual os (ex-)idiotas percebam que há um imenso amor à verdade, exercido através da busca individual sincera.
 
Isto já está acontecendo no Brasil. E não foi por outra razão que os militantes do crime derrubaram mais uma vez o Facebook do Olavo de Carvalho. O instinto de autodefesa grupal deles, em seus delírios persecutórios, não permite que ninguém ensine sequer “O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota“. Eles preferem que os brasileiros não passem de bichinhos adestrados, sonhando apenas com dinheiro, sexo e “um mundo melhor e mais justo”.
 
Felipe Moura Brasil – https://www.veja.com/felipemourabrasil
 
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* Pós-escrito: Olavo recuperou a conta na noite desta quinta-feira.

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