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Cabo de guerra: Aécio e Cunha x Alckmin, Temer e Dilma Rousseff

Escrevi menos nesses dias para adiantar um projetinho que vai ao ar neste blog na semana que vem. Mas as notícias de hoje, em essência, repetem tudo que já foi antecipado aqui, aqui e aqui, por exemplo, meses e semanas atrás. Aécio Neves prefere, e Eduardo Cunha aceita de bom grado, a cassação da chapa de Dilma Rousseff e […]

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 31 jul 2020, 00h56 - Publicado em 15 jul 2015, 18h33
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Quem vai cortar a corda primeiro?

Escrevi menos nesses dias para adiantar um projetinho que vai ao ar neste blog na semana que vem. Mas as notícias de hoje, em essência, repetem tudo que já foi antecipado aquiaqui e aqui, por exemplo, meses e semanas atrás.

Aécio Neves prefere, e Eduardo Cunha aceita de bom grado, a cassação da chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Para se manter no governo, o PT ataca Aécio e Cunha, enquanto Dilma conta com o seu maior e talvez único aliado, Geraldo Alckmin, que sonha em se eleger em 2018 e não quer Aécio nem Temer ganhando popularidade no poder antes dele.

Temer, por enquanto, fica do lado de Dilma e Alckmin para não ser cassado, mas aceitaria de bom grado assumir a presidência após o impeachment de Dilma, se este viesse em decorrência da eventual rejeição das contas públicas de 2014 pelo Tribunal de Contas da União (TCU), onde a disputa está acirrada.

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Seja Cunha, Temer ou qualquer outro, o PMDB lançará um candidato próprio em 2018, divorciando-se eleitoralmente do PT. Até lá, Cunha tenta impor derrotas ao governo e, na corda bamba, Temer lhe pede que baixe a bola.

Aécio e Cunha contra Dilma Alckmin Temer

Abaixo, as notícias que confirmam essas teses, com uma ou outra novidade.

Diz a Folha de S. Paulo:

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“Para enfraquecer Eduardo Cunha, em caso de processo de impeachment contra Dilma Rousseff, o governo conta com uma denúncia contra o peemedebista na Lava Jato, que pode ocorrer nos próximos dias. A novidade seria um depoimento de Júlio Camargo”.

A coluna Radar, de VEJA.com, aponta a estratégia de Cunha:

“Se o TSE cassar a chapa Dilma-Temer e convocar novas eleições, Cunha assume a presidência da República por 90 dias. Neste período, Cunha, encrencadíssimo na Lava-Jato, seria não só o chefe da Polícia Federal mas também, caso tudo aconteça entre agosto e setembro, o responsável por escolher o procurador-geral da República dos próximos dois anos. Teria a faca e o queijo na mão para se vingar de Rodrigo Janot.”

Cunha também já avisou a Temer que, na volta do recesso parlamentar, vai instalar duas CPIs contra o PT: a do BNDES e a dos fundos de pensão.

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Temer, segundo Lauro Jardim, “sugeriu a Cunha que baixe a bola em relação ao governo”.

O PT, de fato, está tão desesperado com as ameaças de represália do presidente da Câmara que a ordem da liderança “é para que os deputados mantenham os celulares ligados durante o recesso”, porque, “a qualquer momento, podem ser acionados para tentar reverter uma ofensiva de Cunha”.

Quanto a Alckmin, a Folha mostrou dias atrás que sua turma tenta sabotar Aécio repetindo até o discurso petista:

“Menos propensa a encampar a defesa da cassação de Dilma Rousseff pela Justiça Eleitoral, a ala alckmista do PSDB passou a dizer que o senador Aécio Neves (MG) se excedeu no discurso da convenção do partido. Com os desdobramentos da fala de Aécio, em que professou que os tucanos seriam governo ’em breve’, defensores de Alckmin dizem que o mineiro deu margem para que o PT tentasse colar no partido a pecha de ‘golpista’.”

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Hoje, a Folha reiteira o interesse eleitoral de Alckmin e acrescenta sua aversão ao impeachment:

“O governador Geraldo Alckmin joga um balde de gelo na ideia de que o PSDB poderia participar de eventual governo de coalizão de Michel Temer em caso de afastamento de Dilma Rousseff da Presidência. A participação do PSDB num governo de coalizão com o PMDB só teria um beneficiado – o próprio PMDB. Temer, em caso de sucesso, dificilmente abriria mão de ser candidato à Presidência em 2018, deixando os tucanos a reboque”.

Dilma Alckmin

Alckmin, ao lado de Luiz Fernando Pezão, Paulo Hartung e Fernando Pimentel, posando como garoto-propaganda da normalidade do governo Dilma a pretexto de demonstrar apoio às mudanças no ICMS.

Todos os portais trazem ainda o resumo da reunião entre Temer, Cunha e Renan Calheiros sobre as próximas eleições presidenciais:

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“O que foi estabelecido é que o PMDB será cabeça de chapa”, disse Temer.

Veremos se o Brasil sobrevive até lá.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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