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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".
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Autores do pedido de impeachment demonstram crimes de Dilma em verdadeira aula à comissão especial

Petistas tentam tumultuar sessão, mas Janaína Paschoal e Miguel Reale Jr. saem aplaudidos

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 30 jul 2020, 23h08 - Publicado em 30 mar 2016, 20h44
Impeachment Ja

Deputado Nilson Leitão (PSDB-MT) levanta a plaquina “Impeachment já” enquando Janaína Paschoal (de branco) e Miguel Reale Jr. (ao seu lado) educam parlamentares

Reproduzo a minha cobertura em tempo real no Twitter:

– Dilma chamava impeachment de golpe. Desmascarada, teve de mudar de discurso e hoje chama de golpe o afastamento sem crime. Mas há, querida.

– Petistas golpistas tentam evitar que membros de outros partidos se inscrevam para fazer perguntas a Janaína Paschoal e Miguel Reale. Podre.

– Começa a sessão da comissão do impeachment com dois dos três autores do pedido. O outro, ausente, é Hélio Bicudo, o melhor ex-petista do Brasil.

– Sessão mal começou e comunista Jandira Feghali já quis recorrer de decisão. Depois, um petista quis melar a sessão. Não suportam democracia.

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– Presidente da comissão do impeachment abre prazo de 30 minutos para coautor do pedido Miguel Reale falar. Mas petistas golpistas tumultuam.

– Tentativas do PT de melar sessão com autores do pedido de impeachment demonstram que petistas morrem de medo de que o povo saiba as razões.

– Miguel Reale Jr. finalmente começa a falar. Agradece e anuncia que fará esclarecimentos sobre o pedido de impechment que ajudou a elaborar.

– Reale sobre “pedaladas fiscais“: “Constituem crime. E crime grave.” (Enquadramento legal: Inciso III do Art. 11 da Lei 1.079/1950.)

– Pedaladas “levaram União a contrair empréstimo de instituições financeiras das quais ela é controladora. Isso é proibido.”

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– “Não se confudem com fluxos de caixa”, que podem ter acontecido em outros governos, incluindo Lula.

– Petistas interrompem Miguel Reale. São, antes de tudo, mal educados.

– Reale diz que as consequências das pedaladas fiscais são gravíssimas: desemprego e inflação, que prejudica sobretudo os pobres.

– Reale compara pedaladas fiscais a cheque especial: jogou-se a dívida para frente, ela alcançou R$ 40 bilhões e não foi registrada.

– Reale aponta o crime de falsidade ideológica na falta de registro das dívidas. (Enquadramento legal: Art. 299 do Código Penal.)

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– “Falseou-se o superávit primário”, “houve aumento dos juros que levou ao processo inflacionário” e “pior de tudo: a expectativa de mudança”.

– Reale: “Tanto perguntam onde está crime: está aqui!” E lê as leis que Dilma Rousseff ignora.

– Reale: “Crime não é apenas pôr a mão no bolso do outro e tirar dinheiro. É também eliminar as condições deste país de ter desenvolvimento”.

– Reale mostra como Dilma infringiu a Lei de Responsabilidade de Fiscal e diz: “Equilíbrio fiscal é a base do desenvolvimento de um país”.

– Reale denuncia Dilma por decretos suplementares de destinação de verbas criados sem autorização do Congresso, inclusive em 2015.

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(Enquadramento Legal: Inciso VI do Artigo 10 da Lei 1.079/1950.)

– Reale aponta crimes de responsabilidade ocorridos neste mandato de Dilma e ainda defende que os do mandato anterior sejam considerados.

– Reale cita casos de 2 deputados e jurisprudência do STF para defender que crimes cometidos por Dilma no mandato anterior sejam considerados.

– Reale encerra discurso sobre crimes de Dilma, agradece e é aplaudido pelos parlamentares pró-impeachment. Petistas fazem cara de sonsos.

– Janaína Paschoal, coautora do pedido: “Estamos tratando de fatos que configuram a um só tempo crimes de responsabilidade e crimes comuns.”

– Paschoal diz que impeachment sem crime de fato é golpe, mas “estamos diante de um quadro em que sobram crimes de responsabilidade”.

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– Paschoal lista crimes: pedaladas fiscais, decretos sem autorização, comportamento omissivo doloso de Dilma no episódio do petrolão.

– “Isso tudo é um conjunto de uma mesma situação que mostra como NÓS fomos vítimas de um golpe.” Sim: nós é que fomos.

– “Estado ia utilizando dinheiro dos bancos públicos, quebrava-os, deixava quebrados e povo pagava conta com aumento de impostos”.

– Paschoal mostra lei que veda “operação de crédito por antecipação no último ano do mandato de presidente, governador e prefeito”.

– Paschoal mostra como Dilma infringiu artigo 359-A e 359-C para vencer eleição maquiando as contas públicas e mentindo nos palanques.

– Paschoal está dando uma aula de legislação sobre os crimes de Dilma – e os petistas, completamente tontos, tentam tumultuá-la.

– “Foram feitas operações de crédito por antecipação com relação a 3 instituições financeiras controladas”. E a lei proíbe.

– Paschoal aponta a fraude eleitoral de Dilma Rousseff, que anunciou o que sabia que não poderia cumprir.

– “Abriram créditos bilionários sem autorização do Congresso sabendo que não teriam condições de cumprir”. Tudo está incluído na denúncia.

– “Coincidentemente as empresas” do petrolão “foram prestar serviços nesses países” onde o BNDES injetava dinheiro. Pois é.

-“Nós não estamos inventando nada. Essas questões têm, sim, tipificação legal”, independentemente do que decidir Congresso.

– “Vs. Excelências não imaginam a dor das famílias que acreditavam que iam ter faculdade e agora estão recebendo cartinhas” dizendo que não.

– Paschoal enfatiza como “povo foi enganado” por Dilma, inclusive os pobres, e que ela já sabia que não poderia cumprir as promessas.

– “Governo federal já deu mostras de que programação não é um valor”. Dilma age como se instituições fossem dela e pudesse usá-las a qualquer hora.

– “Eles acreditam que BNDES é deles”. E provoca: tanto é que só empresta dinheiro aos amigos deles. Exato.

– Paschoal cita o saudoso jurista Paulo Brossard sobre impeachment ser processo jurídico-penal, que ainda pode acrescentar denúncias posteriores.

– Paschoal cita São Tomás de Aquino. É um golpe no intelecto petista.

– Paschoal encerra seu discurso dizendo que veio pedir providências aos parlamentares e é aplaudida. Grande momento.

Reale Janaina

– Reale responde sobre momento em que crime de Dilma é considerado: “O crime se consuma de acordo com o que está descrito na norma sancionatória.”

– Ele cita a lei sobre decretos e explica que não é fato complexo que depende de tribunal. “O que importa é a consumação. O fato já está consumado.”

– PT transforma toda demonstração jurídica de crimes petistas em ato político. Criminaliza a política, depois politiza a revelação do crime.

– Antonio Imbassahy (PSDB-BA): “Foi uma verdadeira aula” de Paschoal e Reale. “Está claro que Dilma cometeu crime de responsabilidade.”

– Sensacional: deputado Pauderney Avelino (DEM-AM) aplica a Dilma as declaracões dadas por Jandira Feghali em 1992 pelo impeachment de Collor.

– Hipocrisia de Jandira causa risos.

– Jandira chama Temer de golpista. Foi você que votou nele, Jandira.

– Jandira: “A presidenta Dilma é uma mulher honesta.” Novamente, todo mundo ri.

– A comissão termina em briga generalizada, porque, no debate racional, petistas sabem que não têm a menor chance.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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