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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".
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Aumenta a pressão sobre Dilma! Veja 5 motivos de preocupação para o governo

Cunha, por exemplo, já não depende do PT para salvar seu mandato

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 31 jul 2020, 00h16 - Publicado em 21 out 2015, 15h29
A presidente Dilma Rousseff durante entrevista coletiva sobre a Copa do Mundo, em Brasília, na segunda-feira. 14/07/2014 REUTERS/Ueslei Marcelino

(Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

1) Impeachment protocolado

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, recebeu da oposição nesta quarta o pedido turbinado de impeachment, que inclui pedaladas e decretos de 2015. Eis um trecho exemplar:

Dilma “deixou de contabilizar empréstimos tomados de Instituições Financeiras públicas (Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil), contrariando, a um só tempo, a proibição de fazer referidos empréstimos e o dever de transparência quanto à situação financeira do país.

Em suma, houve uma maquiagem deliberadamente orientada a passar para a nação (e também aos investidores internacionais) a sensação de que o Brasil estaria economicamente saudável e, portanto, teria condições de manter os programas em favor das classes mais vulneráveis”.

Obviamente, não teve.

O governo cortou verbas de sete programas sociais e o relator do Orçamento de 2016 ainda propõe corte de R$ 10 bilhões (35%) na previsão de despesas com o Bolsa-Família.

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De quebra, o déficit no Orçamento de 2015 deve ser de pelo menos R$ 50 bilhões.

2) Mandato de Cunha não depende do PT

Segundo O Globo, “um levantamento passado por parlamentares petistas mostrou que mesmo com os votos do PT contra Cunha, o presidente da Câmara deve enterrar o processo de cassação de seu mandato no Conselho de Ética por 11 votos a favor e nove contra”.

Mais ainda: “o núcleo de articulação política do governo acha muito difícil um recurso ao plenário, onde Cunha controla a pauta e, segundo os participantes da reunião, ‘tem mil instrumentos’ para se manter no cargo indefinidamente”.

Ou seja: Cunha não dependeria do PT para evitar a própria cassação, de modo que Dilma perde esta moeda de troca para dissuadi-lo do impeachment.

No desespero, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, já pediu à chefinha para ela cessar o duelo verbal com Cunha; e o líder do governo no Senado, Delício Amaral, lamentou:

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“O momento agora é de temperança e diálogo. Não é hora de enfrentamentos nem de criar arestas. Esse tipo de declaração só cria dificuldades, não ajuda em nada. Temos um cenário muito ruim, e ainda hostiliza?”

Siiiiiiiim!

3) Articulação da oposição com Eduardo Cunha

Os supostos leitores deste blog e presidentes nacionais do PSDB, Aécio Neves, e do PPS, Roberto Freire, dissuadiram os oposicionistas a lançarem nova nota contra Cunha, segundo o Estadão.

“Embora publicamente defendam o afastamento do presidente da Câmara do cargo, líderes da oposição continuam dando suporte político a Cunha nos bastidores. O objetivo é tentar estimulá-lo a autorizar o início do processo de impeachment”.

Segundo Mendonça Filho, do DEM, Cunha não deu prazo para deferir ou não o requerimento, mas sinalizou “de forma clara” que será “muito curto”.

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Muito bem, senhores. Deixem as tarefas de irritá-lo para Dilma e de investigá-lo para a PGR.

4) Oposição enfrenta STF

O líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), disse que, caso Cunha rejeite o novo pedido de impeachment, a oposição irá recorrer ao plenário com base no artigo 218 do regimento interno da Câmara, a despeito das liminares golpistas do STF que suspenderam essa possibilidade.

Para Bueno, “não é uma decisão monocrática” do Supremo que vai retirar do plenário o poder de decidir se o processo de impeachment será ou não aberto.

Muy Bueno, deputado.

5) Congresso do PMDB

O PMDB confirmou para 17 de novembro o congresso que poderia decretar o rompimento do partido com o governo.

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É uma vitória do PMDB de Michel Temer sobre o PMDB de Dilma Rousseff, que, como mostrei aqui, tentava adiar o encontro para o ano que vem.

Segundo Josias de Souza, do UOL, “os peemedebistas avessos a Dilma prevaleceram”: “eles abortaram a manobra protelatória com o apoio do vice-pesidente Michel Temer”.

A coluna Painel, da Folha, havia antecipado:

“O peemedebista Geddel Vieira Lima (BA) prometeu fazer o impossível para manter o congresso nacional da legenda nos moldes originais para forçar o rompimento com o governo.

‘O nosso partido não pode se transformar em agência de emprego para acomodar aqueles que não sabem fazer política fora do poder’”.

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Não me lembro de o PMDB ter sido outra coisa, mas nunca é tarde para se redimir.

Como dizem os manifestantes:

PMDB

Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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