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A moral “Black Bloc” do PSOL: Marcelo Freixo e seus partidários, antes e depois da morte de Santiago

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 31 jul 2020, 04h27 - Publicado em 13 fev 2014, 21h38

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1.
 
Marcelo Freixo sobre Black Blocs, antes da morte de Santiago:
 
“Vários movimentos têm vários métodos distintos. Eu não sou juiz para ficar avaliando os métodos em si.”
 
Marcelo Freixo sobre Black Blocs, depois da morte de Santiago:
 
“Sou totalmente contra a violência, como método e como princípio.”
 
No PSOL é assim: o cadáver faz o juiz.
 
[Repercussão no Facebook – aqui.]
 
2.
 
Edilson Silva, da Executiva Nacional do PSOL, no site do partido, antes da morte de Santiago:
 
“(…) Para quem pretende mudar o mundo de verdade, não deve parecer utópico ou ingênuo demais querer ver os movimentos e partidos da esquerda coerentes, como o PSOL, dialogando com a tática Black Bloc, respeitando todas as táticas e o máximo possível as sensibilidades mais positivas da opinião pública e da consciência das massas, respeitando-a e sem capitular a ela, como defendia Lênin; ou disputando a hegemonia, como teorizava Gramsci, fazendo desta consciência social mais um aliado na construção de uma sociedade mais próxima da que precisamos. Talvez esteja aí o nosso desafio nesta questão da tática Black Bloc.”
 
O artigo de Edilson Silva pregando o diálogo e a aliança do PSOL (pelo visto, o Partido Submisso às Orientações de Lenin) com os Black Blocs como estratégia política foi retirado do site do partido – conforme denunciei aqui e aqui – no dia seguinte à morte de Santiago – aquele cinegrafista da Band, diga-se, que, segundo o Sindicato dos Jornalistas do Rio presidido pela militante do PSOL Paula Mairán, ex-assessora de Freixo e coordenadora de sua campanha à Prefeitura do Rio em 2012, “não estava preparado para enfrentar um risco como esse”.
 
No PSOL é assim: morre um inocente assassinado, apagam-se os vestígios da aliança com os terroristas – e ainda se atribui parte da culpa à própria vítima.
 
3.
 
Chico Alencar, deputado federal do PSOL, depois da morte de Santiago:
 
“Nunca dialogamos ou fizemos acordo com grupo minoritário e de orientação anarquista como os Black Blocs. Discordamos da tática e desconhecemos a estratégia. Temos que demarcar com mais nitidez essas posições diferenciadas.”
 
Financiadores dos Black Blocs, segundo planilha repassada por Elisa Quadros, a “Sininho”, em grupo fechado no Facebook, e divulgada pelo site de VEJA nesta quinta-feira, referente a um ato realizado pelo grupo no dia 24 de dezembro, batizado “Mais amor, menos capital”:

financiadores-black-blocs

Os vereadores Jefferson Moura e Renato Cinco, apontados como doadores de 400 reais e 300 reais, respectivamente, são políticos do PSOL (sendo a esposa de Marcelo Freixo, Renata Stuart, assessora de comunicação do mandato de Cinco).
 
No PSOL é assim: “nunca dialogamos”, só pregamos o diálogo e… financiamos de uma vez.
 
4.
 
Nota do Sepe – Sindicato Estadual dos Professores de Educação, controlado pelo PSOL e pelo PSTU, por ocasião da greve dos professores que tiveram os Black Blocs como aliados, inclusive na violência, muito antes da morte de Santiago:
 
“Defendemos incondicionalmente os Black Blocs das ações policiais”.
 
Vídeo em que os ditos professores agradecem apoio dos Black Blocs:
 
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=iZLJsSh25H0?wmode=transparent&fs=1&hl=en&modestbranding=1&iv_load_policy=3&showsearch=0&rel=1&theme=dark&w=620&h=349%5D
 
Nota oficial do PSOL depois da morte de Santiago:
 
“Nosso partido apoia de forma irrestrita o direito à livre manifestação e recrimina a postura repressiva do aparato estatal. Mas ao mesmo tempo, não concorda e nem participa de ações efetuadas por pequenos grupos [como os Black Blocs] presentes em alguns atos.”
 
No PSOL é assim: “não concorda e nem participa”, só se alia na baderna.
 
5.
 
Crítica de Cid Benjamin, militante do PSOL, ao próprio partido e suas figuras proeminentes (como Freixo, eu diria) depois da morte de Santiago:
 
“(…) o PSOL e algumas de suas figuras públicas devem tirar do caso uma lição: não basta ficar em declarações contra a violência em geral, como tem sido feito até aqui. [A rigor, nem isso foi muito feito…]
 
Já devia ter havido uma condenação clara e explícita da prática desses grupos que, a pretexto de estarem combatendo o capitalismo, depredam agências bancárias, bancas de jornais e equipamentos públicos, como sinais de trânsito e pontos de ônibus. E levam rojões e outros artefatos explosivos para manifestações.
 
Deve ser dito, inclusive, que em alguns casos eles provocam a polícia (…).
 
No PSOL é assim: alguém sempre sabe que os outros dissimulam.
 
6.
 
Não. O PSOL não “reconhece erro”, como afirmou a reportagem do Estadão. O PSOL aplica um método, exposto no artigo de Edilson Silva.
 
Como estratégia política, seus partidários dialogam, apoiam “incondicionalmente” e até financiam os terroristas Black Blocs, mantendo-os, de uma forma ou de outra, sempre “JUNTOS” (nome, aliás, do movimento liderado pela psolista Luciana Genro supostamente contra o aumento das tarifas de transporte público). Depois, se aparece um cadáver, dizem no máximo que não foram muito “explícitos” ou reagiram de “forma tímida”.
 
É a moral do PSOL. É a moral de Marcelo Freixo. É a moral socialista.
 
Felipe Moura Brasil – https://www.veja.com/felipemourabrasil
 
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