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10 respostas devidas por Janot à sociedade brasileira

Suspensão da delação da OAS que cita Toffoli e 'mata' Lula tem de ser explicada

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 30 jul 2020, 22h02 - Publicado em 22 ago 2016, 22h25

janot toffoli lula

Comentei às 7:05 da manhã desta segunda-feira (22) na sequência da referida notícia do Globo depois confirmada por VEJA:

tuite janot suspende

Fui generoso ao colocar o ponto de interrogação.

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O noticiário de bastidor desta tarde indica que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, cedeu à pressão do Supremo Tribunal Federal (STF) pela suspensão da delação de Léo Pinheiro e outros executivos da OAS sob a desculpa da quebra do acordo de confidencialidade com o vazamento da citação ao ministro Dias Toffoli, revelada por VEJA no fim de semana.

Em 16 março, durante a cobertura da sessão em que o STF rejeitou recurso da Câmara e manteve a decisão sobre o rito do impeachment baseada no voto estapafúrdio de Luis Roberto “Minha Posição” Barroso, desmascarado neste blog, dei o seguinte comentário que serve igualmente na hipótese da pressão atual do Supremo sobre Janot:

Eventuais temores de uma Corte composta por 8 ministros indicados pelo PT diante da eventual incriminação de um deles pelo empreiteiro que apresentou 10 anexos sobre sua relação com Lula não são difíceis de especular. Muito menos o alívio de Lula (e outros petistas graúdos, claro) com a suspensão da delação que o “mataria”, como vinha anunciando a imprensa.

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Cabe a Janot prestar contas à sociedade brasileira, respondendo tintim por tintim as seguintes questões (algumas das quais – ou todas – obviamente não responderá):

1) Qual é a diferença entre o caso da OAS e de todas as demais delações vazadas parcial ou integralmente à imprensa sem que tenham sido suspensas em função dos vazamentos?

2) Nenhuma das demais delações tinha acordo semelhante de confidencialidade assinado pelas partes antes da ocorrência dos vazamentos? (Quais tinham?)

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3) O acordo prevê a suspensão da delação independentemente da apuração sobre quem vazou a informação (seja alguém da OAS, seja alguém do Ministério Público Federal que tivesse ou não o objetivo de plantar um pretexto para a suspensão)?

4) O acordo prevê a suspensão da delação independentemente também de haver ou não (e não havia neste caso) imputação de ação criminosa à pessoa citada na informação vazada (Toffoli)?

5) O PGR soube quem vazou a informação antes de decidir suspender a delação? Se sim, quem foi?

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6) Os 70 anexos da delação da OAS contendo a imensa sujeira do submundo político brasileiro serão jogados no lixo por causa de uma única informação vazada (sabe-se lá por quem)? (Isto dará margem a demais citados em outras delações vazadas parcial ou integralmente a exigirem suas respectivas suspensões também?)

7) Qual é a possibilidade de o senhor revogar sua própria decisão ou estabelecer um novo acordo de delação com a empreiteira?

8) O senhor foi procurado e/ou pressionado por ministros do STF e seus emissários antes de suspender a delação da OAS?

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9) Há uma enorme pizza sendo assada diante dos olhos da população brasileira pelas maiores autoridades deste país para livrar da cadeia o alto escalão da corrupção nacional?

10) Diante das decisões não ou mal explicadas da PGR e do STF, o senhor reconhece que a sátira em bonecos infláveis é até um gesto educado dos cidadãos que pagam por meio de altos impostos seus salários, sobre os quais atualmente ainda se discute um aumento?

Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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