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Por João Batista Oliveira
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Trump e os ratos chineses que desafiam os machos-alfa

É preciso cuidado com práticas de educação infantil que desencorajam especialmente os meninos de exibir – e desenvolver - comportamentos típicos de meninos.

Por João Batista Oliveira Atualizado em 1 ago 2017, 14h59 - Publicado em 1 ago 2017, 08h24

Donald Trump recolocou na agenda o tema do macho-dominante. Mas o que pouca gente sabe é que a estimulação de uma parte do cérebro chamada de córtex dorsal medial pré-fontal de ratinhos covardes ameaça a “supremacia” de Trump: estimulados, eles colocaram os ratões dominantes para correr. E a partir daí adquiriram autoconfiança para se mostrarem menos submissos e mais assertivos.

Recente pesquisa publicada na revista Science por Hailan Hu, da Universidade Zhejiang, traz à baila uma sempre oportuna discussão sobre o tema. Aos poucos, a neurociência vai confirmando muito do que suspeitávamos ou vislumbrávamos como possibilidade: uma vitória aqui nos estimula a tentar avançar acolá, em aspectos em que somos mais frágeis.

E se todos fossem machos-alfa? Certamente não haveria espaço e logo surgiriam machos super-alfa para recolocar as coisas no lugar. Armar todos os cidadãos não trará mais segurança à sociedade. A vida social exige uma multiplicidade de papéis e perfis para assegurar a sobrevivência de todos. O clichê do macho-alfa apenas denuncia as disfunções que uma determinada habilidade – útil para o grupo como um todo – pode assumir quando usada de forma indiscriminada e para outros fins. O poder absoluto corrompe absolutamente – como nos ensina a Lava-jato.

Menos do que promover a bandeira do “somos todos machos-alfa”, o estudo dos ratinhos chineses estimula o desenvolvimento de técnicas e estratégias para amenizar as disfunções de comportamentos alfa indesejáveis e desenvolver autoconfiança em indivíduos que dela carecem. As artes-marciais nos ensinam a aproveitar a queda para recuperar o movimento. Os ratinhos chineses nos ensinam a atacar os machos-alfa com suas próprias armas.

Estudos como esses oferecem oportunidade para um olhar cuidadoso sobre as crescentes práticas de educação infantil que, a pretexto de estimular a tolerância e diversidade de papéis, desencorajam especialmente os meninos de exibir – e desenvolver – comportamentos típicos de meninos. O quase monopólio feminino da educação infantil e o uso exacerbado de certas práticas pedagógicas – que minimizam a oportunidade de exercícios físicos mais robustos, o enfrentamento de conflitos e a superação de desafios mais variados – podem tornar os ratinhos dominados ainda mais tímidos. Nesses contextos é que os Trump da vida deitam e rolam.

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