Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Educação em evidência Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por João Batista Oliveira
O que as evidências mostram sobre o que funciona de fato na área de Educação? O autor conta com a participação dos leitores para enriquecer esse debate.
Continua após publicidade

Seu filho é alfabetizado?

No Brasil, apenas 6,5% dos jovens têm um domínio da língua adequado para o exercício da crítica e argumentação, requisitos básicos para a democracia.

Por João Batista Oliveira Atualizado em 25 jul 2017, 16h15 - Publicado em 25 jul 2017, 16h10

Pergunte a qualquer pessoa com uma criança em idade escolar se o filho é alfabetizado e ela não terá dificuldade em responder. Na linguagem popular: escreveu não leu, o pau comeu.

Pergunte a um educador em qualquer país do mundo o que significa estar alfabetizado e terá uma resposta inequívoca. No Brasil, vão tentar enganar, usando palavras pomposas e sem sentido. Isso explica grande parte de nosso atraso educacional. Afinal, quem tem razão?

Em recente artigo publicado neste ano na prestigiada revista Language, Cognition and Neuroscience, um dos maiores estudiosos do tema, o português José Morais, propõe uma divisão do termo em três estágios.

No português de Portugal, existem as palavras literária e letrado – a primeira corresponde ao termo inglês literacy, e a segunda ao termo brasileiro erudito. No Brasil, os correspondentes seriam alfabetizado e letrado. Vejamos o que José Morais sugere.

O primeiro nível é o da literacia alfabética – o que nosso povo sempre entendeu por alfabetização: saber ler e escrever palavras e frases simples, com um mínimo de respeito às normas ortográficas. Algo que você e eu aprendemos no 1o ano da escola. Agora vem a novidade.

Continua após a publicidade

O segundo nível ele chama de literacia produtiva, crítica ou argumentativa. Isso corresponde ao domínio da língua ao final de um bom curso do ensino fundamental. No termômetro internacional da educação, corresponde ao nível 4 do PISA. Nos países desenvolvidos, cerca de 29 % dos jovens atingem esse nível, e no Brasil, 6,5%. Este também seria o nível mínimo adequado para o exercício da crítica e argumentação – requisitos básicos para uma democracia funcionar.

Já a literacia criativa, própria dos cientistas, escritores e intelectuais, corresponderia aos níveis 5 e 6 do PISA, atingidos, respectivamente, por apenas 8,3 e 1,1% dos alunos de 15 anos dos países desenvolvidos, e que não chega a 1,3 e 0,14% no caso dos brasileiros.

Sim, meus amigos, em matéria de alfabetização estamos mal, na base e no topo. Nossos educadores sequer se entendem sobre o significado das palavras. Não se deixe enrolar por blá blá blás. Se a escola não alfabetizar seu filho no primeiro ano, mude de escola. Veja o que está acontecendo com nossos jovens de 15 anos!

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.