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Por João Batista Oliveira
O que as evidências mostram sobre o que funciona de fato na área de Educação? O autor conta com a participação dos leitores para enriquecer esse debate.
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Nível de formação de professores faz diferença no desempenho dos alunos?

É mais relevante o professor ter um bom nível acadêmico geral e conhecer bem o conteúdo que leciona do que ter títulos de mestrado e doutorado.

Por João Batista Oliveira Atualizado em 28 nov 2019, 16h14 - Publicado em 28 nov 2019, 15h13

Se você conhece a evidência científica sobre o tema ou está acompanhando esta série poderá antecipar a resposta: as evidências dizem que o nível formal de titulação dos professores não impacta o desempenho dos alunos.

De fato, esta figura mostra que tanto os cursos de aperfeiçoamento quanto os de mestrado e doutorado não fazem diferença no desempenho dos alunos. E isso vale tanto para os alunos do 5º quanto do 9º ano.

O tamanho da diferença é muito pequeno – praticamente desprezível: vai de ¼ de um ponto a mais para alunos das séries iniciais cujos professores fizeram cursos de aperfeiçoamento para o máximo de 2,31 pontos adicionais para alunos de séries finais cujos professores possuem título de mestrado ou doutorado.

Dado que o desvio-padrão da Prova Brasil é de 50 pontos, esse incremento é totalmente irrelevante. No entanto, na maioria dos planos de cargos e salários, a obtenção desses títulos leva a aumento salarial, tornando o sistema, portanto, mais caro e mais ineficiente.

Por que esses cursos não surtem efeito?

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Há várias hipóteses. Uma delas foi discutida no post anterior – o nível de base dos professores é limitado. Portanto, os efeitos de cursos adicionais também serão limitados pela capacidade de absorção desses conhecimentos de nível mais elevado.

Outra hipótese é a da irrelevância. Por exemplo, é possível que muitos dos conteúdos dos cursos de especialização se refiram mais a teorias genéricas do que à aquisição de instrumentos práticos para usar em sala de aula.

É possível, ainda, que os cursos de mestrado e doutorado, mesmo em áreas específicas, abordem conhecimentos em níveis avançados que ou não foram assimilados devidamente ou não possuem relação com o que o professor efetivamente precisa saber para lecionar no nível de ensino em que atua.

As evidências internacionais corroboram a ideia de que é mais relevante o professor ter um bom nível acadêmico geral e conhecer bem o conteúdo que leciona do que simplesmente dominar conteúdos mais avançados de sua disciplina.

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