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Por João Batista Oliveira
O que as evidências mostram sobre o que funciona de fato na área de Educação? O autor conta com a participação dos leitores para enriquecer esse debate.
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Esperanças para a educação

O livro "A falácia socioconstrutivista” é um convite à reflexão e à reconsideração dos pressupostos que orientam o discurso e a prática pedagógica.

Por João Batista Oliveira Atualizado em 9 mar 2020, 16h26 - Publicado em 9 mar 2020, 16h13

Neste e no próximo post comento dois livros que constituem leves brisas no lamaçal de ideologias em que se afundou o pensamento educacional brasileiro. No post de hoje, o tema é o livro “A falácia socioconstrutivista”, de Kátia Simone Benedetti (Ed. Kirion).

O título já diz tudo. O livro desconstrói a falácia do socioconstrutivismo e explica por que e como ele discrepa do pensamento científico. Trata-se de uma falácia que causou e continua causando graves males à educação brasileira.

O conteúdo é extenso e profundo – são mais de 350 páginas de texto bem escrito, com linguagem precisa, que pode ser entendida por qualquer pessoa com formação universitária. O livro é fundamentado em evidências que refletem o conhecimento científico atual sobre leitura, alfabetização, currículo e o que funciona no ensino em geral.

O livro surpreende por várias razões. Primeiro, pela origem – a autora vem da linha de frente, não possui carreira acadêmica. É formada em Língua Portuguesa e mestre em Música, mas demonstra amplo conhecimento das teorias que refuta e dos fundamentos que utiliza para refutá-las. Segundo, porque, vindo do mundo da prática, a autora explica aos professores – esses talvez sem culpa – e aos acadêmicos da área de educação – esses evidentemente responsáveis pelos seus erros – como eles deixaram se iludir pelo canto da sereia, apesar dos desastrosos resultados de suas recomendações.

O livro não se resume a críticas e mostra as consequências dos erros, resumidas no subtítulo: “por que os alunos brasileiros deixaram de aprender a ler e escrever”. A autora apresenta os conhecimentos científicos atualizados e suas aplicações e implicações práticas de forma competente, simples e clara.

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Embora denuncie os erros e a (ir)responsabilidade de todos que foram e continuam sendo coniventes com o fracasso escolar decorrente de pressupostos equivocados, o livro não tem sabor de vingança: é um convite à reflexão e à reconsideração dos pressupostos que orientam o discurso e a prática pedagógica.

Para além do ensino da alfabetização, o livro apresenta aos educadores uma versão vinda “do chão da escola” a respeito dos problemas decorrentes da negação do ensino explícito do código alfabético, do relativismo pedagógico, bem como de currículos e práticas pedagógicas contraproducentes.

A conclusão é forte: “enquanto os países sérios investem em ciência da educação, o Brasil continua promovendo o contraproducente modelo de ensino “histórico-crítico” progressista, e quem está pagando por essa irresponsabilidade são as nossas crianças”.

Enfim, leitura obrigatória para todo professor e educador que respeita a ciência e os seus alunos.

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