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Por João Batista Oliveira
O que as evidências mostram sobre o que funciona de fato na área de Educação? O autor conta com a participação dos leitores para enriquecer esse debate.
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A qualidade de um sistema educativo nunca é melhor do que a qualidade de seus professores

Primeiro, professores fazem diferença. Segundo, sabemos bem menos sobre o que faz a diferença entre bons professores e os demais.

Por Da Redação Atualizado em 30 jul 2020, 21h33 - Publicado em 18 out 2016, 07h09

Finalmente, os professores! Na forma como as escolas são organizadas, o professor desempenha um papel fundamental. Portanto a frase do título continua e continuará valendo enquanto as escolas forem organizadas dessa forma. Falamos aqui especialmente dos professores de ensino fundamental e médio. Para a educação infantil a conversa é outra.

O que nós sabemos sobre professores? O que nos dizem as evidências? Basicamente elas nos dizem o seguinte:

Primeiro, professores fazem diferença. Estudar com alguns professores leva os alunos a aprender mais. Ou seja: professores fazem diferença e essa diferença é verificada no desempenho do aluno, no que ele aprende. Estudar sistematicamente com esse tipo de professor leva os alunos a aprender muito mais. Alunos que estudam de 8 a 10 anos só com bons professores aprendem o equivalente a 2 ou 3 anos a mais do que seus colegas. Quem estuda com professores pouco eficazes aprende menos – e se isso for cumulativo, o prejuízo para o aluno pode ser muito grande.

Segundo, sabemos bem menos sobre o que faz a diferença entre bons professores e os demais. Mas o pouco que sabemos é importante. Os bons professores dominam muito bem o conteúdo do que ensino. Eles sabem muito do que ensinam. Foram bons alunos, estudiosos. Eles também sabem ensinar, ou seja, sabem estimular e interagir de forma adequada com os alunos.

A julgar pelos resultados dos alunos, é grande a quantidade de professores que não preenchem esses requisitos. E com base na experiência dos últimos quarenta anos, sabemos que medidas para “capacitar” professores que tiveram uma formação precária não dão muito resultado, pois lhes falta base. Viver passa, ter vivido, jamais.

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O que fazer? Aqui também existem experiências e evidências que podem ajudar um prefeito a lidar com a questão.

Em situações em que os professores possuem uma base precária e fortes limitações no domínio do conteúdo – como é o caso na maioria das redes públicas no país – a melhor forma de ajudar os professores a fazer o seu trabalho é utilizando orientações bastante específicas e apoio por meio de supervisores qualificados – é o que chama de ensino estruturado. Com esse apoio, também é possível treinar professores no uso de algumas técnicas eficazes para interagir com os alunos – mas de nada valem as técnicas sem o domínio do conteúdo ou apoios adequados.

A longo prazo a única solução conhecida é atrair e manter pessoas bem qualificadas e bem formadas para serem professores e estimulá-los com carreiras e condições de trabalho atraentes. Esse é o sonho que precisa transformar-se em realidade para a educação começar a melhorar.


Como sugestão de leitura, recomendo o Boletim IDados da Educação N.3 que investigou o perfil dos futuros professores brasileiros. O download é gratuito: https://goo.gl/R1XeGr

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