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O que é fato e ficção em filmes e séries baseados em casos reais
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‘The Crown’: Margaret e o casamento que agitou a realeza

O que é verdade e o que é imaginação na relação da princesa com um ousado fotógrafo, um dos destaques da segunda temporada da série da Netflix

Por Meire Kusumoto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 19 dez 2017, 18h16 - Publicado em 18 dez 2017, 19h56

Muito antes de Diana e Harry, era Margaret a responsável por abalar o Palácio de Buckingham. A princesa é, claro, um personagem apetitoso para a série The Crown, que explora sem receios a animosidade entre a jovem e sua irmã, a rainha Elizabeth II, seus vícios e o relacionamento de amor e ódio que ela alimentava com as tradições da coroa.

Depois do triste fim do relacionamento da princesa, interpretada por Vanessa Kirby, com o oficial Peter Townsend (Ben Miles), na primeira temporada, Margaret enfrenta uma séria crise de solidão na segunda fase. As noites de bebedeira e muitos cigarros ganham a companhia de Antony Armstrong-Jones (Matthew Goode), fotógrafo que ganha o título de Lord Snowdon, com quem ela se casa em 1960.

O romance é tema de dois capítulos da segunda temporada. Confira abaixo a inspiração da vida real que deu origem ao roteiro.

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O retrato de Margaret

Retrato de Margaret: da ficção (esq) e da vida real (dir) (Divulgação/Netflix)

Após uma grande decepção na primeira temporada, a princesa Margaret tem uma nova chance no amor no segundo ano da série. Ela se apaixona pelo fotógrafo Antony Armstrong-Jones após conhecê-lo em um jantar e de ser fotografada por ele em seu estúdio. Na realidade, a princesa conheceu o fotógrafo durante uma sessão de fotos em 1958 – Tony já era relativamente famoso e costumava fazer retratos da família real. A foto que ele faz de Margaret, em que ela aparenta estar nua e que vai parar no jornal por determinação da própria princesa, existe, mas foi feita apenas em 1967, quando eles já eram casados.

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Fotógrafo infiel

(//Reprodução)

Assim como mostra a série, na vida real Tony manteve casos com várias mulheres, como Jacqui Chan e Gina Ward, nos primeiros anos de seu relacionamento com Margaret. Em The Crown, Tony descobre que vai ter um filho com Camilla Fry, mulher de seu amigo, Jeremy Fry, justamente no dia em que dá uma festa junto com a princesa para os amigos do casal. Em 2004, ficou comprovado após um teste de DNA que ele era realmente o pai biológico de Polly Fry, filha de Jeremy e Camilla.

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Tony bissexual?

(Divulgação/Divulgação)

A vida sexual de Tony foi, ao que tudo indica, bem agitada. Rumores sobre sua bissexualidade eram constantes. No livro de memórias Redeeming Features, por exemplo, o designer de interiores Nicky Haslam afirma ter tido um caso com ele. Na biografia assinada por Anne De Courcy, o fotógrafo afirmou, ao ser confrontado com histórias sobre sua suposta bissexualidade, que nunca tinha “se apaixonado por meninos”, mas que alguns haviam se apaixonado por ele. A suposição da série de que Tony mantinha um relacionamento com Jeremy Fry nunca foi comprovada – esse amigo, porém, desistiu de ser padrinho do casamento dele com Margaret depois que a imprensa divulgou sua prisão em 1952 por um “pequeno delito homossexual”.

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Vale reparar

Na época em que se passa a série, ser gay era crime – só foi descriminalizado pelo parlamento na Inglaterra e no País de Gales em 1967 e na Escócia em 1980. Por isso, chama a atenção a maneira despreocupada como Margaret diz à irmã que pensava que Tony era gay – e como a rainha também não parece se importar com a orientação sexual do fotógrafo. Apesar de não falar muito sobre essas questões até hoje, Elizabeth II parece ser justa quanto aos direitos LGBT. Em um discurso de junho de 2017, ela afirmou: “Meu governo vai continuar a fazer progresso para lidar com a disparidade de salários baseada em gênero e a discriminação contra pessoas com base em raça, fé, gênero, deficiência ou orientação sexual”.

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Leia também: É verdade o que ‘The Crown’ mostra sobre a rainha na segunda temporada?

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Rainha Elizabeth II dança com o presidente de Ghana, Kwame Nkrumah, em 1961 (Central Press/Getty Images e Alex Bailey/Netflix)
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