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Por que o papa Francisco não é franciscano?

O cardeal argentino Jorge Bergoglio pertencia à Companhia de Jesus. Era um jesuíta

Por Duda Teixeira Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jul 2020, 21h26 - Publicado em 31 out 2016, 16h20

 

O cardeal argentino Jorge Bergoglio, que virou papa Francisco em 2013, pertencia à Companhia de Jesus. Era um jesuíta.

Entre as principais características dessa ordem religiosa, criada em 1534, está a propagação da fé. Com essa intuição, seus membros levaram a fé católica para os cinco continentes. No Brasil, eles fundaram várias missões com o intuito de catequizar os indígenas. Os padres Manuel da Nóbrega e José de Anchieta eram jesuítas. Em algumas celebrações, eles batizavam centenas de índios ao mesmo tempo. Em 2014, Anchieta tornou-se santo pelas mãos do papa Francisco, tornando-se São José de Anchieta.

Os jesuítas também eram defensores das monarquias absolutistas da Europa. “Eles se dedicavam à formação das elites e por isso muitos reis católicos e rainhas tinham confessores jesuítas”, diz o alemão Helmut Renders, coordenador do Programa de Pós Graduação em Ciências da Religião da Universidade Metodista de São Paulo.

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Já os franciscanos, mais antigos, sempre tiveram uma dedicação maior os pobres. Era essa a preocupação do italiano São Francisco de Assis, que se desfez de todos os bens para fundar essa ordem, em 1209.

Teria sido o papa Francisco, um jesuíta, cooptado pelos franciscanos?

Mais ou menos. Embora as duas ordens tenham nascido com identidades e motivações diferentes, elas se misturaram com o tempo.

“Os jesuítas se entendiam como uma ordem que iria assumir o papel dos franciscanos. O interessante é que no Brasil colonial, como a ordem dos jesuítas foi expulsa, as capelas deles foram assumidas por franciscanos”, diz Renders.

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A aproximação dos jesuítas com os pobres já se esboçara com o trabalho de catequização dos índios. Depois, no início do século XX, a Igreja tornou-se mais ativa com a Ação Católica e o Concílio Vaticano II. Os jesuítas surfaram na nova onda e ficaram menos elitistas.

Na Argentina, muitos padres, de várias ordens, tornaram-se conhecidos como curas villeros. Eles visitam diariamente as favelas (villas, no espanhol falado pelos argentinos). Francisco acompanhava muito de perto o trabalho deles e também visitava esses bairros.

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Logo após ter sido nomeado papa, Francisco explicou a razão de ter escolhido esse nome. Segundo ele, após o conclave no Vaticano em 2013, ele ganhou um abraço e um beijo do cardeal brasileiro Dom Claudio Hummes, um franciscano, que lhe disse: “não se esqueça dos pobres”.

“Aquilo entrou na minha cabeça. Imediatamente lembrei de São Francisco de Assis”, disse o papa. Segundo ele, seu desejo era alcançar uma “Igreja pobre, para os pobres”.

Francisco é o primeiro papa que vem dos jesuítas, ainda que tenha um nome que soe como franciscano (esses já emplacaram quatro pontífices).

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O argentino foi o primeiro a escolher o nome Francisco. Quando existir um segundo, ele se tornará Francisco I.

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