Que ambiente o desta eleição em que um candidato é esfaqueado em pleno ato de campanha. Não resta dúvida de quem são as vítimas no ataque sofrido por Bolsonaro em Juiz de Fora: o candidato, a civilidade, a sanidade, o embate democrático e o que mais de possa listar como consequência da opção à barbárie.
A incitação à violência por parte do postulante à Presidência pelo PSL não justifica nem deve servir para explicar o crime. Mas mostra do eleitorado que apoia os métodos defendidos por seu preferido para “dar um jeito no Brasil” que facada, tiro, grito e pancada não servem à linguagem democrática. Lamentavelmente o episódio não será tido por eles como lição. Mais provável é que acirre ainda mais aqueles ânimos e enseje reações de troco na mesma moeda.
É aqui que Bolsonaro e seus correligionários poderão mostrar se entenderam ou não do que se trata quando se leva cidadãos a acreditar que é na força bruta que se resolvem as mazelas de um país.