Tudo indica que o expressivo aumento (de 29% para 40%, nos últimos nove meses) na avaliação positiva do governo Bolsonaro se deve ao auxílio emergencial de R$ 600. Certeza absoluta a respeito disso, no entanto, só teremos depois de novas pesquisas que venham a medir os efeitos da redução do valor do auxílio para R$ 300 e da solução permanente que o governo der para um programa de transferência de renda a partir do próximo mês de dezembro quando se extingue o prazo da emergência.
Tomando como verdadeira a razão que parece a mais evidente para explicar o êxito do presidente na pesquisa do Ibope, se de um lado é um cenário que o favorece, de outro cria a necessidade de ele manter essa peteca no ar. Ou seja, continuar a assistir aos mais pobres de forma a que eles se mantenham eleitoralmente fiéis.
A equação de difícil solução é como fazer isso sem arrebentar a economia, sem cometer crime de responsabilidade e sem recorrer à contabilidade criativa que não levou a então presidente Dilma Rousseff a um bom caminho.