Mendonça vai ou não vai?
Supremo não vê com bons olhos atraso na sabatina do ministro indicado
A despeito de a aprovação da indicação de André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal não ser fava contada no Senado, dois poderosos na República – Rodrigo Pacheco e Luiz Fux – estão empenhados em que o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Davi Alcolumbre, marque o quanto antes a sabatina de Mendonça na CCJ.
Na opinião deles, a questão precisa ser resolvida, seja para aprovar ou rejeitar, e não pode ficar submetida ao um capricho de Alcolumbre. Para tentar montar uma estratégica conjunta, os presidentes do Senado e do STF vão se reunir nos próximos dias. Além do nome de Mendonça, estão pendentes na CCJ indicações para o Conselho Nacional de Justiça e Conselho Nacional do Ministério Público.
A ideia é pressionar para a liberação da pauta, entre outros motivos porque o colegiado do STF não pode ficar eternamente com dez ministros, numa situação de empate presumido por 5 a 5 dos votos.
Recentemente, Davi Alcolumbre tentou atrair a simpatia do presidente do Supremo telefonando para Luiz Fux a fim de prestar solidariedade pelos ataques do presidente Jair Bolsonaro a ministros do tribunal. Luiz Fux foi gentil, mas considerou a tentativa inútil e inadequada.