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Lula talvez não vá

Candidatura do ex-presidente pode não ser tão certa quanto parece

Por Dora Kramer Atualizado em 17 mar 2021, 12h12 - Publicado em 8 mar 2021, 19h35

A recuperação da condição de elegibilidade do ex-presidente Luiz Inácio da Silva devido à decisão do ministro Edson Fachin de anular as decisões relativas a ele tomadas pelo foro de Curitiba e que lhe renderam duas condenações colegiadas de Justiça, levaram o mundo político a concluir que Lula será automaticamente candidato à Presidência da República em 2022.

À primeira vista é uma interpretação correta, mas ao mesmo tempo suscita ponderações no sentido de que talvez seja precipitada. Antes de bater esse martelo o ex-presidente precisará examinar condições objetivas e subjetivas sobre o custo e o benefício de entrar numa disputa por um terceiro mandato.

A favor dele há as pesquisas de opinião que o colocam hoje numa situação potencialmente favorável em relação à candidatura à reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Lula não apenas não perdeu como recuperou prestígio junto ao eleitorado.

Mas contra ele há muitos fatores. O principal deles é o de concorrer a uma eleição correndo o risco de perder tendo já cumprido dois mandatos de presidente e saído do cargo com 80% de aprovação popular. Depois disso, no entanto, colheu uma rejeição do público que rivaliza com a de Bolsonaro.

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Além disso, já não é visto no campo da esquerda com a mesma reverência, seu partido, o PT, não tem mais a estrutura nem o dinheiro que já teve, não conta com a mítica petista de boa governança e lisura nos procedimentos políticos, fora o fato de o Brasil que se proporia a governar é um país um condições muito mais desfavoráveis que aquelas encontradas quando da primeira eleição.

Nessa balança de perdas e ganhos, pesam mais os riscos que os caminhos seguros. Embora a decisão de Fachin não signifique absolvição muito menos inocência, pois não tratou do mérito das acusações, mas de aspectos jurídicos dos processos, para Lula talvez baste a impressão de que os juízes (foram vários além de Sergio Moro) que o julgaram erraram. Talvez faça a conta de que seja melhor assegurar esse papel de injustiçado na história do que arriscar-se a encerrar a carreira como derrotado.

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