Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Diário da Vacina Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Laryssa Borges
A repórter Laryssa Borges, de VEJA, relata sua participação em uma das mais importantes experiências científicas da atualidade: a busca da vacina contra o coronavírus. Laryssa é voluntária inscrita no programa de testagem do imunizante produzido pelo laboratório Janssen-Cilag, braço farmacêutico da Johnson & Johnson.
Continua após publicidade

Irresponsabilidade nossa de cada dia pode resultar em mortes no fim do mês

Três semanas é o prazo estimado por cientistas para o contágio, internação e morte de pacientes expostos ao novo coronavírus nas festas de fim de ano

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 jan 2021, 11h09 - Publicado em 6 jan 2021, 09h51

5 de janeiro, 14h34: Reservei passagens aéreas no início da tarde de hoje para me submeter ao segundo teste para a detecção de anticorpos possivelmente criados após eu ter recebido uma dose da vacina experimental da Janssen-Cilag em novembro. O dia em que os cientistas recolherão meu material biológico, 26 de janeiro, deve coincidir com o período que a pneumologista e pesquisadora clínica da Fiocruz, Margareth Dalcolmo, classificou como “o janeiro mais triste da nossa história”. Lumiar do cientificismo em meio a tantas aglomerações e falta de respeito durante a pandemia, Dalcolmo pediu encarecidamente que não houvesse festas de Réveillon para que pudéssemos estar vivos este ano. Não foi ouvida. E agora a conta pode chegar no fim do mês.

Cálculo semelhante foi feito pela epidemiologista Ethel Maciel, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES): a irresponsabilidade nossa de cada dia pode resultar em uma alta significativa de mortes em três semanas. Segundo ela explicou ao blog, as festas de fim de ano apresentarão seus primeiros infectados esta semana, quando se estima que vão aparecer os sintomas daqueles que se esbaldaram. Na segunda semana, é possível que haja alta no número de internações, seja dos que frequentaram aglomerações nos dias 31 de dezembro e 1º de janeiro, seja dos familiares que com eles convivem e acabaram contaminados pelo novo coronavírus. Na terceira semana, diz ela, é quando cresce o patamar de mortes cujo estopim foram as celebrações da virada.

Antes de cogitar qualquer drible na quarentena, pensemos sempre em três semanas (e depois em mais três e depois em outras três). O deslize que cometermos hoje pode ser a ignição para mortes dentro de pouco tempo. Por isso, não aglomerem no mar mesmo que uma autoridade pule do barco. Não passeiem pelo shopping com a máscara na orelha ainda que um vídeo os encoraje a fazê-lo. Não finjam que a pandemia acabou no ano que passou.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.