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Por Laryssa Borges
A repórter Laryssa Borges, de VEJA, relata sua participação em uma das mais importantes experiências científicas da atualidade: a busca da vacina contra o coronavírus. Laryssa é voluntária inscrita no programa de testagem do imunizante produzido pelo laboratório Janssen-Cilag, braço farmacêutico da Johnson & Johnson.
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Estudo indica que vacina de mRNA deve ser atualizada para conter variantes

Pesquisadores testaram o soro de vacinados e detectaram uma “pequena mas significativa” queda da capacidade de neutralização do vírus

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 20 jan 2021, 10h16

20 de janeiro, 8h42: Enquanto celebramos os 10.103 brasileiros que já receberam a primeira dose da CoronaVac e contestamos autoridades que, por já terem sido infectadas com Covid-19 se consideram liberadas de uma futura imunização, cientistas têm se debruçado para entender se as vacinas de que dispomos conseguem neutralizar também as novas variantes do vírus. Um estudo publicado nesta terça-feira por pesquisadores da Rockefeller University, em Nova York, do Instituto de Tecnologia da Califórnia e do Instituto Nacional de Saúde, o maior hospital americano dedicado exclusivamente a pesquisas clínicas, indica que as vacinas anti-Covid feitas com RNA mensageiro, como é o caso dos biofármacos da Pfizer e da Moderna, provavelmente terão de ser atualizadas periodicamente para se manterem eficazes contra as mutações do novo coronavírus.

A pesquisa analisou a variante encontrada na África do Sul, considerada com maior poder de transmissão do que o vírus mutado detectado no Reino Unido, por exemplo. Ainda não houve estudos específicos sobre a variante encontrada no Amazonas. No caso da variante sul-africana, os pesquisadores testaram o soro de vacinados com imunizantes de RNA mensageiro e detectaram uma “pequena mas significativa” queda da capacidade de neutralização do vírus.

No estudo, os cientistas analisaram as respostas de anticorpos e células B de memória, formadas a partir do encontro do corpo com a vacina, de 20 voluntários que já receberam ou a vacina da Pfizer ou a da Moderna. Oito semanas após terem tomado a segunda dose do imunizante, os pacientes apresentaram altos níveis de anticorpos IgM e IgG contra a Covid-19. Os anticorpos monoclonais induzidos pela vacina, que imitam os anticorpos que o corpo humano produz de forma natural, também foram capazes de neutralizar de forma potente o SARS-CoV-2. O problema foi o indicativo de que esses anticorpos tiveram eficácia reduzida ou mesmo abolida quando em contato com certas mutações. Por causa desta ressalva eles estimam que antígenos à base de RNA mensageiros deverão ser atualizados frequentemente para garantirem proteção contra novas cepas do vírus.

“A vacina ensina o corpo, o que significa que, toda vez que entrarmos em contato com o vírus, o sistema imunológico é ativado e sabe se defender. Na mutação, o vírus modifica a sua estrutura, e a informação que o corpo tinha sobre como combater o inimigo não vale mais. É como se fosse um outro agente invasor para o qual o sistema imune pode não ter proteção”, explicou ao blog a doutora em Epidemiologia e professora da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) Ethel Maciel.

Segundo ela, é nessa hora que entram em campo as unidades de saúde conhecidas como “sentinelas”. Tal qual guardas responsáveis por vigiar um ambiente, as sentinelas fazem a identificação molecular das novas cepas que surgem para monitorar que tipo de mutação do novo coronavírus está circulando no país. “Isso é muito bem montado para a gripe no Brasil, porque o H1N1 faz muita mutação também. Provavelmente devemos aproveitar a mesma estrutura para o coronavírus”, disse.

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