Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Desvendados Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Blog
Informações exclusivas sobre o trabalho dos legisladores brasileiros, a partir de dados da plataforma InteliGov. Por Guilherme Venaglia.
Continua após publicidade

Deputado do PSL apresenta projeto contra anticoncepcionais ‘abortivos’

Márcio Labre quer proibir substâncias que atuam antes da formação do feto

Por Da Redação
Atualizado em 7 fev 2019, 07h32 - Publicado em 6 fev 2019, 17h52

A produção legislativa no início do mandato continua intensa: os deputados federais empossados no último dia 1º de fevereiro já chegaram a 490 propostas em menos de uma semana do início da atual legislatura, sete delas apresentadas pelo deputado federal Márcio Labre (RJ), um dos estreantes eleitos pelo PSL do presidente Jair Bolsonaro.

Os números são do InteliGov, plataforma de inteligência em relações governamentais. Das sete ideias submetidas por Labre à aprovação dos colegas, uma é a mais controversa: o PL 261/2019, que pretende proibir algumas categorias de medicamentos anticoncepcionais no Brasil, que Labre considera serem “microabortivos”.

O projeto cita textualmente o dispositivo intra-uterino (DIU), a chamada “pílula do dia seguinte” e os medicamentos a base de progestógeno. Na argumentação do parlamentar, as substâncias são uma “farsa” por induzirem as mulheres a acreditar que estão as ingerindo como forma de evitar a gravidez, quando, argumenta, estariam interrompendo prematuramente uma gestação.

É uma visão diferente daquela que prevalece na literatura médica, segundo a qual essas substâncias são essencialmente anticoncepcionais, atuando antes da formação do feto. A aplicação do DIU ou a ingestão de progestógeno em altas quantidades podem, eventualmente, causar abortos após a gravidez, mas são usos incorretos dos produtos, pensados para a prevenção da gestação.

Continua após a publicidade

O mesmo vale para a chamada pílula do dia seguinte. Em seu site, o médico Dráuzio Varela explica que a pílula não é abortiva e seu objetivo é bloquear a ovulação e, com isso, dificultar a incidência de gravidez. “Caso a mulher não tenha ovulado, o anticoncepcional de emergência deverá impedir ou retardar a liberação do óvulo, evitando a fertilização. A pílula não deixa formar o endométrio gravídico (camada que recobre o útero para receber o óvulo fecundado e cuja descamação dá origem à menstruação)”.

Agora apresentado, o projeto se une a outros 74, segundo o InteliGov, que tratam de temas como aborto e contraceptivos. Desses, informa o portal da Câmara dos Deputados, dez estão em tramitação. São propostas que versam em dois caminhos principais: no endurecimento de penalidades para quem realiza ou promove o aborto e na garantia de direitos, como licença-maternidade, para mulheres que dão à luz a bebês natimortos ou passam por abortos não-criminosos.

No início da noite desta quarta-feira, 6, Labre anunciou que apresentou um requerimento de retirada de tramitação de seu projeto contra o que chama de “microabortivos”. Em comunicado, ele alegou que o texto do PL 261/2019, que ainda não tinha sido finalizado, foi protocolado por engano.

“A ideia principal do projeto, que apresentarei futuramente, quando finalizar os estudos que fundamentarão o texto, é informar sobre os efeitos dos medicamentos usados como contraceptivos que, na verdade, são microabortivos. Em meu entendimento faltam transparência e informação nesta questão”, diz o deputado.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.